Os pés ao lado são meus. A foto foi tirada na praia, durante o Carnaval.
Queria que momentos como esse fizessem parte da minha vida de forma mais constante, não tão esporádica como tem acontecido. Vivemos nessa loucura de rotina: casa - trabalho - trabalho - casa. E só conseguimos descansar nas férias. O dia-a-dia tem nos proporcionado um senso de responsabilidade maior até do que precisamos. A correria do cotidiano não nos dá nem tempo de pensarmos em nós mesmos. E nisso, o que é mais precioso vai indo embora sem ao menos percebermos: o tempo.
Os anos vão passando e quando nos damos conta, o tempo levou consigo a nossa saúde, a nossa juventude. Nossos anos de energia.
Essa é a palavra: energia.
Nessa correria da rotina, tenha um minuto para se perguntar: o que realmente vale a pena para mim?

O centenário da imigração japonesa tem bombardeado a mídia com matérias sobre os descendentes. Histórias de imigrantes que chegaram em Santos no navio Kasato Maru não páram de pipocar nas reportagens. Ou então, as contribuições que esses japoneses trouxeram à cultura brasileira. Acho legal, ok. Mas o fato é: a colônia sempre esteve presente no Brasil, principalmente em regiões da capital paulista. Sempre estivemos aqui e nunca olharam para nós. Tudo bem que cem anos é uma grande comemoração e só vão dar espaço há algo quando se tem mesmo um fato para gerar a notícia. Mas o que me incomoda é que as matérias falam de personagens óbvios, que estavam aí há séculos sem serem descobertos pela impresa. E olha que lutaram para estarem na mídia. As curiosidades do que a colônia contribuiu para a agricultura então, nem se fala. Foi preciso completarmos 100 anos de imigração para todos se darem conta de que a alface americana que consomem, tipos de uvas, o gengibre, batata doce, o café do cerrado, o algodão, entre outros, foram introduzidos à agricultura brasileira pelos imigrantes japoneses. E ninguém nunca falou sobre isso.
Outro exemplo? As baladas com 95% de público oriental que acontecem em Sampa na Vila Olímpia, Moema, Interlagos, Pinheiros e por aí vai.
Quando abro o jornal ou leio uma matéria na internet falando de um personagem ou das contribuições nipônicas, parece tão óbvio.. que poderiam mudar um pouco a mesma pautinha de sempre...é o dekassegui que foi pro Japão e não vai mais voltar porque o padrão de vida encontrado lá é melhor que aqui, o cantor japonês que canta música sertaneja (meu Deus, quem não conhece Joe Hirata?), os vários concursos de modelos orientais, enfim. Parece que a mídia descobriu a colônia ontem...


Estava tudo pronto para a grande comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Sambódromo no dia 21 de junho. A tão aguardada chegada do príncipe Naruhito ao local, fez a colônia japonesa acordar cedo nesse dia para garantir seu local na arquibancada. Eu não poderia deixar de ir. Com minha família e convites gratuitos na mão, fomos para lá.
A chuva nos pegou de surpresa e foi o único inconveniente daquela tarde. Com capinha de chuva e nossos tradicionais bentôs, ficamos na comemoração, que teve início com Rádio Taissô e depois com uma espetacular apresentação do Taikô de Okinawa. Essa, sem dúvidas, sensacional.
São Pedro foi aplaudido por nos ter dado uma trégua, uma brechinha e nos presenteado com um pouco de sol. Parecia até ter combinado com a organização do evento, porque a chuva só parou e deu lugar a esses momentos ensolarados para a chegada do príncipe-herdeiro. Em um carro com vidros fechados e escoltado por dois carros da Polícia Federal, Naruhito desfilou, também acompanhado de quatro seguranças, a pé.
Muito simpático, acenou para o público, que o recebeu calorosamente.
Foi recebido pelo prefeito Gilberto Kassab, que discursou. Naruhito falou também, mencionando os cem anos e a participação dos dekasseguis no Japão.
Logo que reiniciaram as apresentações, a chuva voltou e parecia que tinha só esperado o príncipe terminar seu discurso!
Valeu a pena tomar chuva, passar frio e sentar naquela arquibancada gelada! rs.

Hoje recebi o e-mail de um amigo, que mostrou sua indignação sobre os casacos de pele. Compartilho de seus sentimentos e a crueldade humana para a produção desses casacos é tanta.. que não consigo, juro, não consigo entender como uma pessoa é capaz de matar um animal para se vestir de sua pele. Ouvir os grunhidos desses bichinhos indefesos, depois arrancar a pele sem dó nem piedade é de uma crueldade sem tamanho. São essas atitudes que nos levam à pergunta: quem realmente é o selvagem - os bichos que estão a todo custo tentando sobreviver, fugindo das ações humanas, ou o homem, na sua maldita ganância pelo dinheiro e luxo?
Aí que está. O homem não mata o animal por uma questão de sobrevivência climática, nada disso (o que também nem justificaria, porque não há coragem nesse mundo para matar um bichinho e se vestir de sua pele!!!). A matança é motivada pelo luxo.. luxo!!!
Quando eu assisto esse vídeo no youtube sobre a matança dos animais pelos casacos de pele, surge dentro de mim um sentimento estranho. De que a humanidade está realmente se perdendo em seus valores e de que nada mais choca essas pessoas. Parece que não há um sentimento, algo que as comova. Se o processo dessa matança não as comove, o que as comoverá?
Diga NÃO ao uso de peles de animais!!


Em 2007, Guilhermo Vargas Habacuc, um suposto artista costa riquenho (eu diria, artista de merd*), pegou um cão abandonado na rua , prendeu-o em uma corda curtíssima em uma parede de uma galeria de arte e ali o deixou. Durante alguns dias, tanto o autor como os visitantes da galeria de arte presenciaram a agonia do pobre animal. Até que morreu, por INANIÇÃO. Essa ação cruel, seria sua arte. A prestigiosa Bienal Centroamericana Honduras 2008 decidiu convidá-lo e a receber um prêmio por sua obra.

Peraí!! Será que o que estou lendo é verdade? Essa foi a primeira pergunta que eu fiz para mim mesma... não é possível que uma ação cruel e imbecil dessas seja considerada uma "obra de arte"?!? Uma pessoa como esse tal Habacuc, que se diz "artista", que age dessa forma, jamais poderia ser considerada um ser humano. Pior ainda as pessoas que pagam para assistir uma crueldade dessas. Eu pagaria sim para entrar nessa galeria, resgatar o cachorro e colocar o artista no local, sem água, nem comida. Amarradinho. Será que ele iria gostar? Como tem gente imbecil nesse mundo!!

Há uns dois anos eu havia criado um blog. Aqui mesmo, no blogspot. Mas, a correria da vida acabou me obrigando a largá-lo. Deixá-lo de lado. E o resultado foi que esqueci onde o larguei. Não lembro a senha... só lembro que o nome do esquecido blog era "Estrelinha do céu", algo assim. Primeiro, porque eu sou fascinada por um céu estrelado. Segundo, porque eu queria mostrar que somos sempre "estrelas" tentando brilhar em meio à vastidão do céu que representa a nossa vida, principalmente o nosso lado profissional.

Este novo blog tem a mesma proposta que o anterior. O objetivo é compartilhar opiniões e idéias bacanas!

Seguidores