Ajudar as pessoas. Essa é uma das principais metas do meu coração desde os tempos da faculdade. Aliás, a escolha do meu curso - jornalismo - foi pautada exatamente pela imagem que eu tinha da profissão: de poder ajudar as pessoas por meio da imprensa. Hoje, passados anos de experiência como jornalista, vejo que meu sonho continua, porque ainda não foi realizado da forma como queria.
Não posso ignorar alguns fatos importantes que já aconteceram: como fazer um alto executivo refletir sobre sua carreira a partir de uma matéria que eu havia escrito durante um estágio. Para uns, pode ser algo pequeno, besteira da minha cabeça. Mas, foi tão grande a minha satisfação ao saber que o meu texto o fez enxergar novos desafios em sua carreira, que acho que ali naquele momento é que nasceu essa vontade de  fazer uma diferença na vida das pessoas.

No entanto, falta mais. Falta eu conseguir ajudar mais pessoas a se realizarem, a se sentirem felizes. Esses dias andei refletindo sobre a profissão de headhunter. Claro, não deve ser nada fácil ter que "encontrar" um talento por demanda de uma grande empresa. Mas, ainda assim, é um trabalho que me traria muita satisfação. Conseguir realocar uma pessoa infeliz em seu trabalho em uma nova oportunidade que a faça se sentir radiante é muito gratificante.

Você deve estar se perguntando o motivo que me leva a querer ajudar tanto assim as pessoas. A resposta é que não sei explicar, apenas sei que é algo que vem do coração, que se sente muito feliz quando ajudo pessoas do bem.





Tem dias que dá uma vontade louca de mudar. Mudar por completo e fazer tudo diferente: mudar de país, de profissão, de casa, de idioma, de tipo de música, de estilo de roupa.
Tem dias que dá vontade de começar. Aliás, recomeçar, mas de forma a criarmos um recomeço totalmente contrário ao que conhecemos, para direcionarmos nossa vida para um outro caminho. Um novo caminho, ainda desconhecido por nossa culpa mesmo.

Culpa de termos tomado algumas decisões ou atitudes que nos levaram a caminhar pela trilha que nos encontramos hoje. Mas... resta sempre aquela dúvida: e se eu tivesse feito diferente?
E se tivesse feito tudo diferente, como seria o hoje?
É uma dúvida que não quer calar...

Quem fez o Leader Training sabe como é bom ser madrinha ou padrinho de novos "silvas". E eu não sabia, mesmo tendo feito o LT há um bom tempo. Não tinha tido ainda o prazer de acompanhar amigos nessa intensa jornada.

A emoção é forte. A expectativa, mais ainda. Ficamos preocupados se o nosso "afilhado" estará bem durante os três dias de treinamento.
O último então, quando vamos buscá-los, é também o mais emocionante. Ficamos mais ansiosos do que qualquer pessoa. A espera é interminável, principalmente depois que assistimos aos vídeos com os depoimentos dos treinandos, carregados de emoção e gratidão. As lágrimas já teimam em cair, não tem quem segure o sentimento: homens, mulheres, senhores.

As lembranças do LT voltam à tona, como em um passe de mágica. Surge uma saudade tão grande de vivenciar tudo aquilo novamente. Experiências fantásticas, que só quem fez o LT sabe. É algo indescritível...

Depois de algumas semanas convivendo com o calor insuportável, finalmente nesta madrugada choveu.

Aquele cheiro de terra molhada, que há tempos não sentia. Aquele ventinho, nem gelado, nem abafado, que até nos faz cobrir com um lençol ou um fino cobertor. Aquele barulho da chuva caindo, que embala o nosso sono, como se fizesse parte de uma trilha sonora, dessas de CDs de relaxamento. Ah, como é bom sentir a presença da natureza, que nem sempre é percebida por nós...

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

É engraçado como nem prestamos atenção em certas letras de música. "Epitáfio", dos Titãs, é uma das que vale a pena ouvirmos quando estivermos com medo de arriscar. Ela nos faz lembrar o quanto nossa vida passa sem termos realmente "vivido" por preocupações banais.

Inúmeros livros, filmes, palestras falam sobre o controle que nós temos de nossas próprias vidas. Até mesmo as filosofias e religiões, como o budismo, pregam tal conceito. Dizem que somos nós quem damos a direção para onde queremos caminhar e que está em nossas mãos alcançar a felicidade e viver uma vida plena e exatamente da maneira como sonhamos.

E daí, o famoso poder do pensamento ter ganhado tamanho destaque: "pense dessa forma que você atrairá tal situação". Quantas vezes já ouvi essa orientação? Foram incontáveis as vezes.
Agora eu pergunto: será que é apenas o nosso pensamento o único responsável pelo nosso destino? Será que não temos outros fatores que vão também desenhar o nosso caminho? Será que em nada influencia o destino, os karmas, as vidas passadas que nos fazem passar por situações como evolução do nosso espírito?

A reflexão vai longe.

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