Cheguei em casa e me deparei com um papel em cima da mesa, que haviam deixado no quintal:

"Nossa família está de luto.

Nesta terça-feira nossa querida "Belinha" morreu atacada pelo cachorro da casa 154. Embora preso à coleira e com guia, ele a atacou de forma violenta.
Belinha vivia conosco desde os 7 meses de idade. Era doce, meiga, carinhosa, dona de uma personalidade livre, como é próprio dos gatos.
Todos sabem que a casa 154 sempre abriga animais sem donos, cuidados por uma pessoa que não é da nossa rua. Cuidar de animais é uma boa ação, mas tem limites... latidos durante a noite, madrugada e dia inteiro são recorrentes e incomodam o bem estar dos vizinhos.
Infelizmente, o cuidado de um animal sem dono deixou donos sem um animal, que era amado e cuidado com carinho. Você acha isso justo?"

Ao lado do texto, a foto de uma pequena gatinha, em pose de `brincadeira e arteira`, em cima de um skate. Ao ler cuidadosamente cada palavra, fui lembrando da gatinha que todas as noites me acompanhava na rua, quando voltava do trabalho. Eu passava por sua casa e lá vinha a Belinha, toda manhosa, pedindo carinho na cabecinha. Vinha saltitante ao meu lado, me acompanhando até minha casa, que fica a umas seis casas distante do lar de seus donos. Uma tristeza profunda abateu o meu coração.
Ela era, como diz o texto entregue, dócil, carinhosa e muito, muito fofa. E essa é a primeira vez que sinto tamanha tristeza por um gato. Sou louca por cachorros e minha preferência era somente deles e por eles.

Mas Belinha era diferente. Era tão fofa e meiga, que não tinha quem não gostasse dela.
E no começo da semana eu notei que há um tempo ela estava ausente. Nesses últimos dias, quando eu passava na frente de sua casa, me perguntava se ela não iria sair pelo portão, como costumava fazer, para me acompanhar. Achei que era porque estava um tempo muito quente e ela devia estar caçando baratas em algum bueiro, como ela ficava na rua, em posição de ataque, esperando alguma delas sair.

Se perder um animal de estimação por motivos de doença - como aconteceu com a minha cachorrinha há três anos - dói lá no fundo do nosso ser, imagina vê-lo sendo atacado por outro animal. A dor que esses donos sentem na alma, é a dor que também sinto por eles.

É uma morte revoltante, culpa da irresponsabilidade das pessoas que mantém tais animais abandonados. Pegar animais na rua não é tão simples quanto parece, mesmo parecendo, a prinícpio, uma ação totalmente do bem. Mas tais animais precisam de cuidados, como ser vacinados e essas pessoas precisam perceber que muitos destes cachorros abandonados são extremamente agressivos.

Estou triste, muito triste pela morte da Belinha e por ter sido desta forma tão cruel. Termino este post com lágrimas nos olhos.

Estava ouvindo uma rádio online enquanto checava e-mails, respondia a algumas discussões em redes sociais, quando fui pega por uma música que há anos - bota anos nisso - não escutava: "Perfect - Simple Plan". Tão `perfeito` quanto o título da música foi a imagem que se formou em segundos na minha mente da época em que essa música fazia parte do meu dia-a-dia, de tanto que eu a ouvia.

É impressionante como imaginamos que as trilhas sonoras fazem parte apenas dos filmes. Mas nossas vidas também tem um repertório, capaz de resgatar não apenas lembranças, mas, principalmente sentimentos.
Ahn, que vontade de gravar um CD com todas as músicas que marcaram cada época da minha história. Haja coração...

Um amigo estava me mostrando alguns quadros, desenhados e pintados por ele durante um curso de pintura. Em um primeiro momento, quem não o conhece, imagina que ele seja um artista e que viva de sua arte como profissão, tamanha a qualidade e beleza de seu trabalho.

Mas, ele é analista de sistemas, daqueles que trabalham engravatados. Como todo executivo, segue rotinas, cumpre obrigações, atende clientes 'in loco' e hoje mora no Uruguai, exatamente pela demanda profissional.
E aí é a graça da história: não conhecemos os talentos das pessoas que convivem conosco em nossa rotina. Quando eu descubro tais "artistas anônimos" eu fico impressionada com o dom que cada pessoa tem. Normalmente utilizamos nossos talentos como válvula de escape ao stress. Mas, será que não deveríamos olhar com mais atenção ao que julgamos apenas um hobby? Será que tais talentos não estão aí para nos mostrar que o nosso sucesso deve ser aliado à nossa satisfação pessoal? Claro que todos responderiam "sim" à minha pergunta. Mas, quantas pessoas que você conhece vivem, de fato, essa forma ideal de trabalho? (As imagens deste post são fotos tiradas dos quadros pintados pelo meu grande amigo Cássio Massao Murakami).


Hoje eu li uma notícia em um jornal - desses distribuídos gratuitamente nas ruas - sobre uma mulher que, não tendo como alugar um estabelecimento comercial pelo alto valor do aluguel, teve uma ideia que eu achei fantástica: ela comprou um desses microonibus antigos e o reformou totalmente, decorando-o de uma forma bem autêntica. O veículo virou uma lojinha ambulante, que fica - aos finais de semana, se não me engano - estacionado em uma esquina nos Jardins.

É incrível como deixamos de realizar certos sonhos porque nos damos vencidos por pequenos obstáculos. Muitas vezes não percebemos que essas pedras no nosso caminho são uma forma de estimular nossa criatividade para buscarmos diferenciais que podem nos dar uma certa projeção e, claro, o sucesso virá como consequência.

A alternativa encontrada por essa grande empreendedora é uma das mais originais que já vi em relação à concretização de um objetivo. E é com esse espírito inovador que devemos levar a nossa vida. Não apenas no profissional, mas especialmente em nossa incansável busca pela felicidade.

Como não poderia ser diferente, São Pedro castigou mais uma vez a capital paulista. Menos de uma hora de chuva já foi o suficiente para causar o caos na cidade: alagamentos, trânsito infernal e.. muitas regiões sem energia elétrica.

É desanimador e desesperador enfrentar tudo isso, praticamente, todos os dias. Mas hoje, subindo a pé minha rua, que estava totalmente escura, vi uma das imagens mais gratificantes nesses últimos tempos: um céu lindo, estrelado, como se realmente os postes das ruas não fossem necessários. A vontade era de permanecer ali na rua mesmo, observando as estrelas, e sabendo que eu não estava sozinha ali.

Hoje estava conversando com a moça que faz o cafezinho na empresa. Normalmente conversamos sobre saúde, porque ela costuma me perguntar sobre tal remédio ou o que são algumas doenças. Não que eu seja médica - longe disso - mas grande parte da minha vida é dedicada aos consultórios, já que sou diabética, tenho hipotireoidismo, baixa imunidade e, agora, sintomas de tendinite - pasmem - nos dois pulsos. Pouco azarada, diria um amigo meu.

E, como se não bastasse, parece que a moça do cafezinho também está começando a seguir o meu exemplo. Ou seja: de um problema de saúde, outros também estão surgindo. Falei para ela que a grande maioria dos problemas de saúde tem uma origem psicológica, o que, consequentemente, a longo prazo faz o nosso corpo desenvolver algum problema. Ela me olhou com aquele ponto de interrogação, como se me perguntasse: "mas como eu poderia causar um mal a mim mesma?". Pois é, pior que nós somos os maiores responsáveis pelos nossos problemas de saúde, mesmo que inconscientemente. Nossa mente é tão complexa - eu diria: burra! - que armazena muito mais sentimentos de tristeza, mágoas e raiva do que os momentos de pura alegria e felicidade. Cá entre nós, essa forma que nosso subconsciente armazena e prioriza informações é muito esquisita, para não falar suicida.

E como somos todos movidos por sentimentos, é impossível encontrar uma pessoa 100% saudável (mas saúde impecável mesmo, sem pegar nem um resfriado). Enquanto não encontramos um jeito de "formatar" nossa cabecinha e deletar certas zonas da memória, temos que cortar o mal pela raiz.

Temos que, antes de tratar o problema com remédios que tratem momentaneamente a questão, cuidar de nós mesmos e nos informar sobre o que representa psicologicamente tal doença. Não é à toa que as ferramentas de autoconhecimento estão ganhando tamanha importância nos dias de hoje. Afinal, se levamos uma vida estressante, repleta de preocupações, pressões e muita competitividade, é fato que, diariamente, estamos nos autodestruindo. Daí a regra, nessas horas, é: "páraaa tudooo!". E recomece de forma diferente: dando mais valor às alegrias do que às tristezas, focando nas soluções do que nos problemas, e mantendo a consciência que nada será eterno (emprego, namorado, família, dinheiro e..saúde). E, claro, priorize uma única pessoa da sua vida, que é a mais importante de todos e tudo que possa acontecer: VOCÊ.

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