Já sentiu aquela imensa saudade, que aperta o coração lá no fundo, mas que você não sabe exatamente do que é? Pois bem, hoje fui tomada por essa saudade, mas não sei ao certo do que sinto saudade e nem por qual motivo a sinto.

Confuso? Sim, demais, porque é uma saudade que vem de um tempo ainda não vivido. De pessoas não conhecidas. De uma melodia ainda não ouvida. Mas que no fundo sei que fazem parte da minha vida e da minha história...

Sol das 13h, em plena avenida Paulista. Só de ler essa pequena frase, você já deve estar imaginando uma situação caótica, como acontece diariamente na mais paulista das avenidas.

Mas, não. Hoje foi diferente. Caminhei calmamente em meio à multidão que passa apressada todos os dias, como se estivesse em um cenário. Como se eu observasse as pessoas de uma sala VIP, num silêncio total. Buzinas, motoqueiros, carros. O barulho do trânsito era inexistente nesse momento. Observei tudo ao meu redor, como se eu fosse invisível a todos. Uma sensação estranha, de apenas perceber o passar do tempo, mas sem que eu pudesse fazer parte da realidade que se apresentava diante dos meus olhos. Sentia apenas o toque do sol no meu rosto, como se fossemos apenas nós dois na plateia, a observar mais uma cena da vida.

Ontem, depois de um dia cansativo de trabalho em pleno sábado, jantei e fiquei sentada à mesa da cozinha. Conversando e ajudando minha mãe nos afazeres domésticos, não lembro por qual motivo começamos a falar sobre pontos de vista.

E minha mãe, que é muito sábia e me impressiona pela sua memória afiadíssima, contou-me uma história que ela havia lido (não lembro onde), que era mais ou menos assim: dois vendedores de uma fábrica de sapatos femininos foram para a Índia. O primeiro ligou para a fábrica e disse ao diretor: "Não temos como vender sapatos aqui! As mulheres andam sempre descalças". Daí liga o segundo vendedor, para o mesmo diretor: "Manda fabricar muitos sapatos, porque as mulheres daqui ainda não usam calçados".

Ou seja. Tudo é questão do ponto de vista. Se conseguirmos olhar para cada situação de modo a destacarmos mais as oportunidades do que as dificuldades, nossas chances de ter sucesso serão muito maiores. Pense nisso!

Não ter mais preocupações... isso era tudo o que eu queria neste momento!
Para alguns, tal objetivo é a coisa mais fácil de ser alcançada, apenas "desencanando", como as pessoas falam.

Eu sinceramente já tentei desencanar de tudo que me atormenta o sono, mas ainda não consegui alcançar tal estado de espírito. Sim, considero mesmo um estado de espírito, porque ser encanada com as coisas não é uma característica que possa ser mudada de um dia para outro. Ah, como seria bom se eu pudesse apertar um botãozinho dentro de mim, que me libertasse de tantas preocupações, questionamentos e de tanta responsabilidade! Uns chamam tal botãozinho de "foda-se". Desculpem o palavrão, mas há quem diga que tal ferramenta é maravilhosa para tirar as dores de cabeça, os pesos nas costas e o cansaço acumulado ao longo do dia.

Mas a verdade é que ainda não encontrei tal botãozinho dentro de mim. Talvez ele nem exista no meu ser. Mas continuarei falando pra mim mesma: "desencana!". Quem sabe um dia eu aprenda e consiga fazer com que o meu "eu" viva de forma mais leve, sem tantas cobranças internas..

Apesar do título que coloquei neste post, eu nunca fui uma tiete. Aliás, muito longe disso. Nunca fui o tipo de adolescente que coleciona pôsters dos cara mais lindos da televisão ou daquela banda de rock com carinha de nenê. Muito menos fui apaixonada por artistas, de ficar sonhando acordada. Sempre fui pé no chão, realista. Preferia admirar quem estava ao meu alcance rs.

Mas, nesta semana me permiti ser uma adolescente tiete em pensamentos. Com essa febre da "saga Crepúsculo" assisti aos três filmes para saber porque fazia tamanho sucesso, não apenas entre adolescentes, mas também entre os adultos. Ou melhor dizendo, entre as mulheres, já que o motivo principal é a escolha entre "Jacob e Edward", e não a história em si sobre vampiros. Quantas vezes já ouvi mulheres (com mais de 30 anos) falando: "eu prefiro o Edward, ele é lindo", ou "Ah, não, o Jacob é muito melhor".

E é aí que entra o meu pensamento de adolescente tiete. Refletindo sobre o comportamento atual dos homens e a difícil equação entre beleza exterior e interior, é que me peguei pensando: "Poxa, bem que eu adoraria que um Jacob (Tayler Lautner) aparecesse em minha vida". Além de bonito, porte físico perfeito (sim! nós mulheres também apreciamos um corpo escultural) e muito fofo (tradução: gentil, educado, carinhoso), ele se transforma em um lobo muito lindo e protetor. Ainda mais que eu amo cachorros e os lobos são da mesma família dos canídeos. rs.

Ok, ok, confesso que eu fui longe com o meu pensamento, mas que seria tudo de bom se fosse verdade, ah, com certeza! rs. Então, mais tietagem pra vocês!


Estou lendo o livro Nosso Lar, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz. Na verdade, eu já havia lido este livro há um bom tempo, mas não sei por qual motivo minhas recordações se apagaram com o passar dos anos. Como haverá a estreia do filme "Nosso Lar" em setembro, estou relendo para resgatar alguma coisa da minha memória, que anda cada vez mais falha.

Para quem não sabe do que se trata, o livro aborda a "vida" no pós "morte". E, apesar de soar um pouco estranha essa ideia, o personagem principal, que é o "espírito André", fala sobre seus sentimentos e suas impressões do plano astral. Fala também de como é a organização do "outro lado da vida" e como as coisas funcionam. Mas uma parte que me chamou a atenção é quando os personagens falam sobre os casamentos na "Terra". Eis o trecho:

"... na fase atual evolutiva do planeta, existem na esfera carnal raríssimas uniões de almas gêmeas, reduzidos matrimônios de almas irmãs ou afins, e esmagadora percentagem de ligações de resgate. O maior número de casais humanos é constituído de verdadeiros forçados, sob algemas".

Talvez seja por isso que hoje em dia muitos casais não ficam mais de um ano casados. Será que as pessoas ainda se sentem pressionadas com a questão da idade? Ou será que casam pelo tormento da solidão?
Não sou nenhuma julgadora de casais, mas observo tantos que vivem nessa situação de "frieza", que é impossível não pensar: "Como será que eles conseguem conviver diariamente em uma relação tão distante como essa?". Outra pergunta que sempre me faço é: "Como será que suportam viver nessa vida sem amor, sem paixão, sem admiração, sem companheirismo, sem felicidade?".

Se existe alma gêmea, eu não sei. Mas algo que tenho muito claro dentro de mim é que casar não é uma brincadeira, dessas que a gente não dá a mínima importância e fala: "Ah, se não der certo, separa". E o pior é que essa opinião é a que mais ouço das pessoas noivas. A impressão desse comportamento que tem se tornado cada vez mais comum é que as pessoas passaram a dar menos importância pra elas mesmas. Afinal, tratar a vida pessoal com tanto descaso é simplesmente jogar fora o motivo da nossa existência: a busca pela nossa plena felicidade.

Fé. Essa palavra pode ser pequena na escrita, mas tem tantos significados que não damos conta de defini-la de forma objetiva. Fé em Deus, fé nos homens, fé no mundo espiritual, fé em nossos mentores, fé no amor, fé nas amizades. Mas, de fato, o que é ter fé?

Essa pergunta atormenta meus pensamentos, toda vez que ouço as pessoas dizerem: "mas que homem de pouca fé". Outro dia recebi pelo orkut a mensagem de que o seguinte perfil havia me adicionado: "Fé em Deus" ou era algo do tipo: "Crê em Deus e será atendido".. não me lembro ao certo. Perguntei ao suposto "fake" porque me adicionara, sendo que eu já não tinha essa fé e também estava descrente da existência do senhorzinho lá do céu.

O "anônimo" (claro, porque duvido que Deus saiba mandar mensagens no computador ou perca tempo criando fakes) me respondeu com algum passagem da Bíblia, que não faço ideia qual seja, apenas dizendo que temos que "crer no Senhor". Eu então no auge das minhas reflexões, argumentei: "É muito fácil dizermos que a responsabilidade de nossas vidas está nas mãos de Deus, ou o culparmos por algo estar indo errado. E pior: afirmar que toda a situação ruim seja resultado da nossa falta de fé. Afinal, além de ser confortante, é fácil fingirmos que não conduzimos nossa vida e, portanto, não pararmos para pensar onde é que estamos errando. Ou ainda dizer: "Deus quis assim". Fé pra mim não é acreditar que exista um senhor, nos mandando inúmeros presentinhos abençoados e que virá nos salvar de qualquer tipo de situação. Acredito, sim, na força do pensamento, de que somos capazes de mudar nossas vidas com pensamentos positivos, mas desde que nossas atitudes sejam também coerentes,  e, claro, com muita batalha, trabalho e boa índole".

O suposto fake não mais me respondeu. Será que acabei com a imagem que ele tinha de Deus sendo um senhor barbudo, pronto para esperá-lo no paraíso? Ou será que eu o choquei com a descoberta para ele que nós somos responsáveis por nossas vidas?

Você deve estar se perguntando: mas, afinal, você tem fé? Sim, tenho. Mas minha fé não é esperar as coisas caírem do céu. Acredito que temos que batalhar, movimentar a nossa vida para que ela corresponda. E, sim, não estamos sozinhos no universo. Acredito que temos a presença de mentores espirituais para nos ajudar nessa jornada que é a vida. E isso pra mim é ter fé, acreditar nas coisas que para mim fazem sentido e não apenas no que os outros dizem ser o certo ou errado, por exemplo, de que a fé é unicamente acreditar na existência de Deus.

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