Você anda investindo em si mesmo? Tem feito algo para você ou tem dado mais atenção aos outros? Pois bem. É curioso notar como torcemos o nariz quando o assunto é gastar com nós mesmos. Seja uma consulta médica, um exame ultra necessário. Ou até mesmo algo mais simples, como uma massagem.
Mas, merecemos, não?!

E eu ando assim: me sentindo merecedora de tudo que puder me ajudar em meu desenvolvimento pessoal. Coloquei como foco que quero ser uma pessoa melhor e deixar minha contribuição com o mundo. Não, longe de arrogâncias e prepotências. Mas, sinceramente, minha vida só faz sentido quando ajudo as lágrimas de alguma pessoa darem lugar a um belo sorriso.

E, para seguir neste caminho altruísta, hoje reservei o dia inteiro para mim e me presenteei com um curso fantástico. Fantástico para a minha alma, que aprendeu um dos maiores segredos de sucesso na vida: a deixar o passado ir. Parece redundante? Mas digo e repito que não é. Quantas pessoas conseguem perdoar verdadeiramente pessoas e situações que causaram sofrimento? De forma simples, hoje eu aprendi a desapegar, mas não um desapegar empurrando a poeira pra debaixo do tapete.

Um desapegar de alma e coração, reconhecendo e reverenciando todos os acontecimentos que já foram e não fazem mais parte da minha história. Claro que não vou conseguir transmitir em um post todo o aprendizado e como se faz esse "desligamento" com respeito de todas as situações que já foram. Mas a única certeza que posso dizer é que somente hoje eu tive uma clareza tão grande de como nos apegamos a fatos que, se analisarmos com cuidado e atenção, percebemos que não fazem mais nem um pouco sentido e que aconteceram por culpa de um "eu interior" menos maduro...

Portanto, liberte-se, de verdade, do seu passado. Seja grato por tudo o que aconteceu, mesmo que sejam lembranças dolorosas. Honre e reverencie tudo o que passou e seja grato por ser quem você é hoje.

Há tempos que não venho registrar minhas reflexões. A minha vida, praticamente, deu uma mudada e ainda estou me adaptando. A única coisa que posso dizer é que foi a melhor decisão que tomei nos meus últimos dez anos.
E é incrível quando percebemos que estamos no caminho certo, mesmo sem sabermos o que encontraremos ainda neste caminho e para onde ele irá nos conduzir. Porém, apenas temos a certeza de que no final das contas tudo vai dar certo.

E não se trata apenas de um pensamento positivo, não. Trata-se de um sentimento, de uma certeza incrível que nunca senti antes. A energia, claro, muda. Sinto-me envolvida em uma energia boa, mas tão boa que acabo atraindo situações tão agradáveis, que até eu tenho me surpreendido. Lei da atração e reação? Sem dúvidas, mas, mais do que apenas uma "lei do Segredo", acredito que seja mais a voz do coração mesmo falando ao mundo que - agora - está em paz...

Compartilho com vocês uma mensagem sobre o amor, que achei no 4Shared, e que nos faz pensar (e repensar) nos sentimentos mais nobres que o amor nos faz sentir. Além disso, nos faz refletir sobre os valores das pessoas e suas atitudes, que nos levam a crer que "amar verdadeiramente" está 'fora de moda'. Que bom que estou tão fora de moda por acreditar no amor e na constituição de uma família como riquezas mais preciosas das nossas vidas! Vale muito a pena ouvir ... Espero que gostem!

Meditação - Mensagem 03_falando de amor.mp3


Hoje é dia 12 de outubro, Dia das Crianças! Nada melhor que a data pra nos lembrar de tantas coisas boas que é ser criança: brincar, rir, ter os nossos "melhores amigos e também os amiguinhos invisíveis", comer guloseimas, fazer travessuras. Porém, à medida que crescemos, vamos deixando o mundo colorido da imaginação e damos lugar ao mundo cinza das preocupações. Substituímos as fadas das brincadeiras pela seriedade da rotina e, dessa forma, a nossa criatividade e imaginação vão sendo minadas.

Mas, mesmo depois de adultos, a "nossa criança interior" ainda está ali, guardadinha em algum lugar da nossa alma. Parace que a sufocamos e acreditamos que liberá-la não está de acordo com as regras da sociedade. E que bobagem criamos para nós e sobre nós mesmos! Quando deveríamos estimular, cada vez mais, a nossa criança interior a se libertar de nossas próprias prisões internas.

E é isso o que sugiro a todos vocês neste Dia das Crianças: que resgatem suas crianças interiores hoje, permitindo-se sonhar com fadas, príncipes e princesas, permitindo-se brincar com o que tem na sua vida, permitindo-se dar risada de todas as situações que acontecem hoje com vocês e que o seu lado adulto enxerga como algo negativo. Deixem livre as suas crianças, para que elas, na imaginação, possam trazer a vocês pontos de vista que vocês não haviam se permitido enxergar.
E, mais do que isso, que a criança interior de vocês possam trazer a leveza e a alegria, de forma a colorir o mundo cinza em que vivemos!

Quando eu faço essa pergunta - "Você se conhece?" - as pessoas olham feio e torto para mim, como se fosse a pergunta mais absurda da existência humana. Pois bem, eu volto a repetir o meu questionamento e tenho certeza que a grande maioria "acha" que se conhece. O achismo, muitas vezes, esconde o medo da verdade, da pessoa talvez descobrir que não é nada do que imaginava ser.
E confesso que eu era assim. Achava que me conhecia, achava que sabia os motivos das minhas dores da alma ou do que me motivava e me fazia feliz. Até que um dia iniciei um processo de autoconhecimento e me surpreendi. Não sabia praticamente N-A-D-A  a meu respeito. Até hoje estou aprendendo sobre mim, sobre os sentimentos que guardo a sete-chaves e que quase nunca lembro ou sei onde os guardei.
E eu diria que o processo do autoconhecimento não tem prazo para acabar. A cada dia é uma nova descoberta e assim por diante. Há quem ache tal processo perda de tempo e de dinheiro, mas eu pergunto: se você não tem tempo e nem dinheiro para investir em você mesmo, será que se conhece o suficiente até mesmo para notar que você não se considera importante pra você mesmo?

Acredito que todos deveriam um dia experimentar ao menos uma técnica de autoconhecimento (qualquer uma mesmo, que seja!) para ver que nem dizer que somos donos da nossa verdade podemos. Afinal, a 'nossa verdade' pode ser uma grande mentira, quando nos conhecemos de verdade e vemos, de fato, quem e como somos. Pense nisso!

É incrível como estamos todos conectados em uma mesma rede. Apesar de evitar qualquer modismo de época, é impossível não perceber a forma extraordinária como as coisas acontecem de forma "conectada".

Estamos todos ligados e interligados indiretamente. E aí que está o grande fascínio que é a vida. Quando menos esperamos, encontramos e conhecemos pessoas que vão - sem percebermos - nos ajudar em nosso caminho. Muitas vezes não entendemos o motivo de algumas situações acontecerem, mas eu tenho a absoluta certeza de que nada é por acaso. Às vezes, sem nos darmos conta, é o Universo "colocando" sua mãozinha para que tudo funcione corretamente, que é, no final das contas, o melhor pra nós.

Porém, para que isso aconteça e possa fluir, temos que nos desapegar também das "pecinhas" que andam atrapalhando tal rede. Precisamos, muitas vezes, simplesmente jogá-las fora ou substituí-las por "pecinhas" melhores, aliás, bem melhores. E assim, a vida flui e vamos nos conectando e nos desconectando... desconectando e conectando à grande rede, que é a vida.

Eu sou daquelas que, com o passar do tempo, me canso de algumas coisas. Roupas, acessórios, livros, posição dos móveis, de fazer as mesmas atividades em um emprego, da rotina diária, do caminhar da minha vida. Já cansei de amores e relacionamentos que seguiam sempre pelo mesmo fluxo - ou calmaria demais e rotineira, ou discussões diárias. Tudo uma hora cansa. E quando surge esse sentimento é porque é hora de mudar. É como se meu ponto de vista sobre as coisas também fosse se transformando. E acho ótimo tudo isso. Precisamos, sim, de mudanças em nossas vidas para movimentarmos a energia. Chega, então, a hora de nos desapegar do passado e darmos lugar ao novo: novos rumos, novos amores, novos ares, novas amizades, novos desafios, novas trilhas, novas decisões. Mas, confesso, que nem sempre largar totalmente o passado onde ele deve ficar, é tão simples como imaginamos.
Se você se encontra nessa dificuldade, deixo aqui um texto de Fernando Pessoa, que uma amiga postou no Facebook, para que possa refletir sobre o desapego e largar - definitivamente - tudo o que passou.

Pratique o desapego

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Estou em um momento um tanto decisivo em minha vida. Meio que ao longo dos últimos 20 anos eu apenas vivi por inércia. Calma, não estou fazendo dramalhão mexicano ou querendo dizer que estou em uma fase deprê. Pelo contrário e longe, muito longe de tudo isso.

Venho, como nunca, analisando minha vida. E percebo que muito vivi apenas por "comodismo" ou porque deixei a vida me levar. Não impus resistências, não impus barreiras, mesmo minha alma gritando e se esgoelando para eu ouvi-la de que aquele não era o caminho que 'ela' queria que eu seguisse, como minha missão nesta vida. Como uma criança birrenta, tapei os ouvidos e segui por inúmeros caminhos tortuosos e que me levaram a chegar a uma bifurcação, que é onde me encontro hoje.

Seguir no mesmo caminho, o qual venho anos e anos caminhando lentamente, sem lenço, nem documento; ou tomar outro rumo, completamente diferente de toda a bagagem que carrego nos meus ombros? Eis a questão e o dilema está instaurado.

É preciso muita calma, muito equilíbrio para analisar com calma tudo o que vem acontecendo. Mas, tenho certeza que, agora com os ouvidos na minha alma e, principalmente, no meu coração, qualquer escolha que eu decidir hoje será a escolha certa. Não sei como explicar, mas, mesmo diante de uma decisão tão importante como essa, sinto uma calma dentro de mim e um sentimento de paz, de alívio e de felicidade. É como se eu entrasse em harmonia com o ser que habita dentro de mim. Como se, agora sim, tivéssemos o mesmo coração e falássemos a mesma língua.

Fiquei surpresa ao ver um texto no site da revista Época com o título "Alguém especial", do jornalista Ivan Martins. Surpresa porque comprova uma observação que tenho feito há anos sobre a insatisfação das pessoas em relação ao "par ideal",  mesmo sabendo que a moda do momento é curtir a vida até esse "alguém especial" aparecer.

Seria simples se o fato de encontrar esse tal alguém não fosse uma missão quase impossível nos dias de hoje. Impossível porque nessa curtição desenfreada em que as pessoas estão vivendo, tentanto separar e isolar seus sentimentos, a coisa mais difícil que tem acontecido é a entrega verdadeira do coração para a chegada da tal pessoa. "E se não for? E se eu sofrer? E se...". E aí a oportunidade de conhecer 'alguém especial' já passou.

Digo, por experiência própria, que curtir adoidado enquanto se espera a chegada da tal pessoa, é, de longe, uma atitude inteligente. Nos enganamos, acreditamos que conseguimos separar a curtição dos sentimentos. Porém, esquecemos que a tal curtição que as pessoas falam camufla alguns sentimentos perigosos, que podem nos empurrar para armadilhas do próprio coração: carência, medo de se sentir sozinho, insegurança e baixa autoestima. Esses são os principais vilões que nos fazem agir dessa forma: "curtindo a vida adoidado" com quem não agrega nada em nossa vida e, provavelmente, também nos enxerga apenas como um passatempo.

E se enquanto estivermos na tal curtição aparecer a suposta pessoa especial e ela acreditar que nosso coração já está ocupado por alguém, mesmo que esse alguém não signifique nada - absolutamente nada - pra gente? Pois bem, lá se foi novamente uma grande oportunidade. Por isso pergunto a você: vale a pena curtir a vida dessa forma, ficando com várias pessoas, fingindo que não sentimos nada pelo outro, enquanto se espera pelo 'alguém especial'? Mais do que nunca, eu chego à conclusão que, realmente, não vale a pena.

Oitenta e um anos de casados. Dá pra imaginar comemorar tanto tempo de união? Pois bem, esse tempo é chamado de Bodas de Cacau e, por incrível que pareça, a produção do programa da Xuxa encontrou um casal que estava completando esse tempo de casados. Quer dizer, a história foi enviada à produção por alguma neta ou sobrinha do casal - não lembro ao certo.

Confesso que me emocionei ao ver a reportagem da senhora Saturnina Vargas, 98 anos, e de seu Manoel Vargas, 99. Exemplo puro de amor incondicional e que não desgasta com o tempo. Não se vai pela rotina do casal e não morre pelos anos passados. Ambos, em cadeiras de rodas, sempre de mãos dadas, é a coisa mais bonita de se ver. Chorei horrores quando o senhor Manoel fala à Xuxa que não sabe viver sem dona Saturnina e, com lágrimas nos olhos, diz que quer que Deus os leve assim, juntos, porque ele não vai aguentar a separação. Me diz, quem não se emocionaria ao ver uma cena dessas?

Ainda mais nos tempos de hoje, em que está difícil de ver o amor incondicional de verdade. Não aquele de fachada e que, em segundos, some como o vento passando entre as flores. A história de dona Saturnina e seu Manoel é tão linda que vou levar sempre comigo como exemplo a ser seguido. Exemplo de que, com amor verdadeiro, é possível sim viver anos, décadas de união feliz, de verdade.

Eu sei que não devia desanimar, que devia seguir em frente sem olhar para trás e sem me preocupar com o dia de amanhã. Eu sei que quando acredito que não há saída e que estou perdida em um labirinto sem fim, surge uma porta, que se abre justamente com a resolução de um problema que eu considerava impossível;
Sei que quando estou triste, quando meu coração está querendo ficar só, aparecem pessoas que me falam o "quanto sou/estou linda", e o quanto querem me dar amor e carinho.

Sei que quando tropeço em algum obstáculo, sempre haverá alguém para estender uma mão para me ajudar a levantar. Sei que quando estiver no fundo do poço e de lá eu não quiser sair, encontrarei pessoas que toparão descer até lá para ficar batendo papo horas e horas comigo.

Sei que o dia que eu me sentir totalmente sozinha, sem ninguém, alguém lá do Universo vai me mandar anjinhos disfarçados de pessoas especiais para cuidarem de mim. Sei de tudo isso e, exatamente por isso, sigo tranquila o meu caminho, o meu destino.

Esses dias nublados têm me deixado um tanto pensativa. Tenho preferido ficar sozinha no meu canto a sair para a gandaia com os amigos. E, como na minha vida meus momentos sempre têm trilha sonora, vou postar a música que tem sido minha companheira neste período de encontro meu comigo mesma.

E se você está lendo este post, não tente entender qual a relação entre a música e o meu momento. Eu também não sei a resposta, mas talvez o 'não desistir', que é abordado na música, tem servido de inspiração para eu não deixar de lutar pelos meus sonhos, em todos os sentidos. É isso.


Esse friozinho tem me deixado um tanto introspectiva. E, o pior: mais pensativa do que nunca. Ando analisando muito a vida e as direções para onde ela nos leva, a partir de tantas queixas que tenho ouvido das pessoas próximas a mim. A impressão que eu tenho é que há um enorme descompasso na vida de todos em relação ao amor. Parece uma espécie de epidemia generalizada de um contentamento descontente, já dizia o grande poeta Luís de Camões.

Corações partidos, corações insatisfeitos, corações sofridos, corações solitários, corações medrosos. O que está acontecendo com as pessoas, pergunto eu ao Universo. Por que há tantos desencontros, se a vida é feita de encontros, como dizia Vinícius de Moraes? Será que a nossa busca é que está errada?
Será que as expectativas das pessoas estão altas demais e não estão em equilíbrio com o que, de fato, seria a felicidade? Minhas perguntas sem respostas me angustiam bastante. O enigma da vida e o caos da humanidade também me incomodam. Afinal, estou inserida nesse mundo e às vezes - juro - tenho vontade de gritar aos céus: "Parem o mundo que eu quero descer, de verdade!!". Cansei dessa brincadeira e vejo que as pessoas que ainda estão jogando, jogam errado. Como se a vida fosse isso: um tabuleiro com pecinhas a serem comandadas. Mas não é..
E aí o mundo continua nesse encontro e desencontro insano... e as pessoas continuam em busca de sua felicidade infeliz, de forma assim.. desordenada.


Essa poesia de Clarice Lispector é uma das minhas preferidas e que me faz refletir muito sobre a vida toda vez que a leio...

Vida

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.



Estava fazendo aquela faxina geral no armário quando me deparei com um caderno meu antigo, antigo. Lá estão guardadas todas as minhas poesias que escrevi ao longo da minha adolescência. Meu caderno era o meu companheiro das noites em claro, quando me descia uma inspiração para escrever...e lá ia eu, registrando em cada linha um sentimento. Esta poesia "Um momento só" é  uma das minhas preferidas.

Um momento só

Um momento só,
para refletir sobre a vida,
para vermos as coisas boas ou ruins,
para lembrarmos de tudo o que passou
e sentirmos saudade ou dor,
revolta ou paz.

Um momento só,
de pura tristeza ou alegria.
para refletir sobre o destino,
que é incerto...

Um momento só,
ouvindo o canto dos pássaros,
o assobiar dos ventos,
e o silêncio do pensamento.

Um momento só,
Só de solidão,
Solidão na alma e no coração...

Flávia Arakaki - 1996

O meu post hoje leva como título a música "Como é grande o meu amor por você" (Roberto Carlos). Refletindo sobre algumas coisas da vida, percebi que dificilmente agimos de acordo com os nossos sentimentos. Normalmente, fazemos tudo ao contrário e o pior: tudo errado.

Queremos tanto a pessoa e demonstramos indiferença. Sentimos tanta saudade, mas não entramos em contato. Queremos abraçá-la, mas permanecemos ali, como estátuas, mesmo ao seu lado. Queremos tanto dizer:

Eu tenho tanto pra lhe falar

Mas com palavras não sei dizer

Como é grande o meu amor por você

E não há nada pra comparar


Para poder lhe explicar

Como é grande o meu amor por você

Nem mesmo o céu nem as estrelas


Nem mesmo o mar e o infinito

Não é maior que o meu amor

Nem mais bonito

Me desespero a procurar


Alguma forma de lhe falar

Como é grande o meu amor por você

Nunca se esqueça, nem um segundo


Que eu tenho o amor maior do mundo

Como é grande o meu amor por você [2x]

Mas como é grande o meu amor por você


Porém, ficamos quietos e nada falamos... deixamos abafar os nossos sentimentos. Como se o tempo pudesse amenizar nossa emoção..

 

Refletir sobre a vida, sobre o comportamento humano e, principalmente, suas consequências é uma das grandes paixões da minha vida. Sim, está mais do que na cara que atrás dessa tela existe uma pessoa complexa, que ama filosofar e buscar, a todo momento, mensagens que sejam estímulos para uma reflexão mais profunda aos internautas que lêem meus posts. Just it.
Por isso, como não poderia deixar de ser, compartilho com vocês uma dessas mensagens : "Quase", que acabei de achar na internet, e que nos modifica a cada frase lida. Será que você não viveu até hoje muitos "quase"(s)  na sua vida e não é a hora de viver os "finalmente!" (s)?

Quase


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Sarah Westphal)

Em meio às minhas reflexões sobre a vida e sobre o meu caminho, lembrei de uma música da ex-dupla Sandy & Junior: "Olha o que o amor me faz".  Eu nunca havia prestado atenção na letra e hoje ela veio nítida em minha mente. Como se eu pudesse pará-la no rádio invisível do meu subconsciente e pudesse analisar frase por frase. E eu analisaria da seguinte forma tais insights: talvez seja a nossa eterna insegurança em amarmos e sermos amados. Talvez seja a insegurança de experiências negativas já vividas. Talvez, seja o início de uma linda história. Talvez sim, talvez não.

Neste final de semana passei por uma experiência interessante. Trabalhei 3 dias em um acampamento católico, no interior de São Paulo. Logo que cheguei, fiquei impressionada com a imensidão da coisa: mais de 100 mil pessoas no local. Eram caravanas e mais caravanas que não paravam de chegar. Pessoas de diversas idades e de diferentes regiões do país. E até mesmo de outros países.

Grupos de amigos, grupos de famílias. E todos movidos por um único ideal: o aprendizado e a aproximação a Deus para viverem uma vida mais santa. Eu fiquei ali, observando todos e tudo. E as cenas das pregações realmente me impressionaram demais: um local imenso, como se fosse um ginásio coberto, lotado de gente. Muitos jovens, que ficavam ali por, no mínimo, duas horas ouvindo a pregação de apenas uma pessoa. Claro, uma pregação com muita música para manter a atenção das tantas milhares de pessoas ali no local.
Pessoas louvando e adorando Deus, chorando, emocionadas por estarem ali.

Não sou católica, não tenho religião. Costumo dizer que a minha religião é a que eu criei para mim - conheci diversas e, de cada uma, tirei o que foi positivo para a minha vida. Porém, não posso negar que nesse acampamento uma energia muito forte emanava ali do local. E, mesmo sem querer, foi se infiltrando na alma de todos que ali estavam presentes.

Senti uma emoção que não sei explicar. Por divesas vezes engoli o choro. Olhei para os lados para não deixar as lágrimas caírem. Afinal, estava a trabalho e tinha que manter minha postura. Mas foi difícil não  me envolver diante de cenas que nunca tinha visto: jovens abraçando os missionários, ouvindo uma linguagem "dos anjos" e caindo aos prantos. Meninos adolescentes, com aquela cara de badboy, não seguravam a emoção e choravam de verdade, feito crianças. Como se fosse um momento único de lavar a alma e, claro, o coração.

Tá certo que não posso ver ninguém chorar na minha frente que eu não aguento. Mas ver tanta determinação nesses jovens, saber que estavam ali por um ideal e que, sem se preocupar com ninguém, deixavam suas emoções se manifestarem, realmente mexeu comigo. À noite, a chácara permanecia lotada de gente, porque a programação era bem diversificada: shows de cantores católicos, campeonatos de hiphop, luau. Eu não consegui participar das atividades noturnas, porque tinha que dormir para enfrentar o dia seguinte de trabalho com a imprensa. Mas, durante as noites que caminhei na chácara, ora pra comer algo de janta, ou apenas andando antes de voltar pra casa onde eu estava hospedada, posso dizer que eu não estava sozinha.
Não sei explicar o que e quem estava comigo. Não sei dizer se era realmente Deus. Mas só sei dizer que a força daquele lugar era muito forte.. um local repleto de imagens gigantes de Nossa Senhora ou de Jesus, que, à noite, ficavam iluminadas. Era muito bonito de ver e parecia que as imagens falavam comigo. Como se me disessem: calma, estamos aqui com você, não se sinta só.

Refleti sobre várias coisas da minha vida. Senti falta de ter gente para conversar comigo e dividir as experiências que estava passando ali (afinal, depois do trabalho, cada um da equipe se retirava. Eu, para a casa onde estava hospedada. Os outros, para suas casas, na cidade). Senti vontade de chorar, mas segurei. Hoje, na hora de ir embora, uma das pessoas da equipe me falou que "Deus havia me escolhido" para ir para o evento trabalhar, que um propósito Ele tinha comigo. Concordei, agradeci e me retirei rapidamente, com medo de não conseguir segurar as lágrimas a tempo. O motivo de eu ter vivido essa experiência, ainda estou por descobrir. Mas que algo mudou dentro de mim, isso com certeza.

Cada vez mais eu chego à conclusão de que em um futuro próximo seremos uma população de solteiros. E a insegurança é e será a grande vilã desse novo cenário que acredito que será concretizado em breve. É impressionante como, por medo, deixamos de investir em alguém legal. E cansei de ouvir das pessoas - e de diversas idades - que quando começam a notar que estão se envolvendo, sentindo que estão se apaixonando, aí decidem "cair fora" da relação.

Parece um tanto ilógico e até burrice - eu diria - porém, acredito que grande parte das pessoas nem sabe que o "jeito desencanado" é, na verdade, autoproteção. Medo de sofrer, medo de vivenciarem momentos difíceis no passado. Mas, eu pergunto: e aí, vai deixar uma oportunidade bacana passar pela sua vida, como um punhado de areia que escorre das nossas mãos quando uma ventania nos pega de surpresa?
Por que as pessoas fogem tanto do sentimento mais lindo que existe, que é sentir o amor? Por que será que não nos permitimos amar uns aos outros? Que poder é esse que a insegurança tem de bloquear a nossa razão de viver aqui na Terra?

O milagre de um novo dia

Hoje eu me levantei cedo pensando no que tenho para fazer antes que o relógio marque meia noite.

Eu tenho responsabilidades para cumprir hoje.

Eu sou importante.

É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.

Hoje eu posso reclamar porque está chovendo ou posso agradecer às águas por lavarem energias pesadas.

Hoje eu posso ficar triste por não ter muito dinheiro ou posso me sentir encorajado para administrar minhas finanças sabiamente, mantendo-me longe de desperdícios.

Hoje eu posso reclamar sobre minha saúde ou posso dar graças a Deus por estar vivo.

Hoje eu posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo que eu queria quando estava crescendo, ou posso ser grato a eles por terem permitido que eu nascesse.

Hoje eu posso lamentar decepções com amigos ou posso observar oportunidades de ter novas amizades.

Hoje eu posso reclamar por ter que trabalhar ou posso vibrar de alegria por ter um trabalho que me põe ativo.

Hoje eu posso choramingar por ter que ir à escola ou abrir minha mente com entusiasmo para novos conhecimentos.

Hoje eu posso sentir tédio com trabalho doméstico ou posso agradecer a Deus por ter dado-me a bênção de um teto que abriga meus pertences, meu corpo e minha alma.

Hoje eu posso olhar para o dia de ontem e lamentar as coisas que não saíram como eu planejei ou posso alegrar-me por ter o dia de hoje para recomeçar.

O dia de hoje está à minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar-lhe forma.

Depende de mim como será o dia de hoje diante de tudo que encontrarei.

A escolha está em minhas mãos:

Hoje eu posso enxergar minha vida vazia ou posso alegremente receber o Milagre de Um Novo Dia !


Silvia Schmidt (http://www.otimismoemrede.com/)

O tempo esfriou, o céu nublou, o vento gelado soprou.
E assim o inverno chegou. Aos pouquinhos, lentamente, com um misterioso caminhar que, sem perceber, foi congelando o orvalho da manhã. Os raios do sol surgiram, mas não foram suficientes para aquecer as folhas das plantas, que gritavam por socorro para serem tiradas dali, daquele ambiente tão gelado.

Queriam sentir o calor do sol, como um manto sagrado a aquecer os corações mais empedrados. Queriam sentir o ânimo de voltar a viver a vida com alegria, com os passarinhos brigando para conseguir o melhor néctar de suas flores. Queriam se sentir úteis, oferecer a sombra, para que as pessoas pudessem descansar sob suas folhas.

Mas o inverno chegou. Congelou seus sonhos mais belos e esfriou os seus desejos mais profundos. E as folhas caíram, como se usassem a terra para o seu momento mais introspectivo e profundo. Uma forma de aguardar a estação mais fria do ano e esperar a chegada do outono.

É impressionante como vivemos decepcionados com a vida. A todo momento ficamos chateados com diversas situações: a espera de um telefonema, de um sms, uma mensagem, um e-mail. Esperamos determinadas atitudes e comportamentos dos outros.

Resultado? Frustração atrás de frustração e, claro, ficamos tristes, aliás, muito tristes, quase deprimidos. E será que aí não está a chave da questão? Será que ter expectativas não é o que tem causado tamanho sofrimento? Esperamos demais das pessoas. Esperamos atitudes que julgamos as corretas, quando não compreendemos que cada um tem sua forma de agir e de expressar suas vontades e sentimentos. Esperamos atenção e carinho, quando não nos damos conta que nós é que estamos carentes demais. Esperamos respeito, quando nós mesmos nem nos respeitamos. Esperamos amor, quando nem amor próprio temos...

Ultimamente, minha vida tem se resumido a um turbilhão de coisas e situações que vêm acontecendo. Pra ajudar - ou piorar? - meus pensamentos não páram de agitar minha mente, que por natureza já é hiperativa.  São tantos "por ques?", são tantos momentos gastos refletindo sobre o motivo de cada situação, que decidi agora adotar, como resposta a todos meus questionamentos, a simples pergunta: "Pra quê entender?".

Pra quê entender os problemas que estamos passando, se o mais importante é o "agir" e conseguirmos tirar a pedra do caminho? Pra quê entender alguma doença que se instalou em nós (culpa, claro, de nossos sentimentos e pensamentos), se o mais importante é oferecermos ao nosso corpo o tratamento mais adequado? Pra quê entender nossos sentimentos que, quase nunca obedecem o que a nossa mente dita, se o mais importante é ir em busca do que nos faz feliz? Pra quê entender, se tal felicidade é atrelada a momentos do presente e que sabemos que não sobreviverão no futuro, se o mais importante é sentir, é viver, é experimentar?

Posto uma música que me fez pensar sobre essa nossa incessante busca pelo entendimento das coisas. E se você é como eu, que sempre precisa entender tudo o que acontece em sua vida, tente responder para si mesmo a seguinte pergunta: "pra quê entender?" e veja o que realmente vale a pena.

Obs: Agradeço uma amiga fofíssima, que foi quem me mostrou essa música: Corina Evelyn S. Watanabe.

Uma amiga fofa me relembrou este vídeo, que eu já tinha assistido. Decidi postá-lo, para que todos possam lembrar diariamente o quanto são abençoados...

Ainda há tempo


Há tempo de rever velhos conceitos que carregamos durante décadas e não nos damos conta de que já estão ultrapassados.

Ainda há tempo de terminarmos aquele curso que interrompemos, por falta de dinheiro ou de paciência ou porque alguém nos disse que não deveríamos fazê-lo.

Ainda há tempo de parar de fumar, de fazer exercício e de aprender a nadar.

Ainda há tempo de olhar para a vida sob outra ótica e melhorarmos a sua qualidade, deixando de lado as preocupações que nos atormentam na hora de dormir.

Ainda há tempo de ensinarmos nosso filho a andar de bicicleta e a jogar xadrez, de contarmos histórias, tempo de escutarmos os mais velhos.

Ainda há tempo de amar, de chorar, gargalhar, de sair na chuva sem culpa por chegar molhado e sem medo do resfriado.

Ainda há tempo de comprar um cachorro, de ouvir Jimmy Hendrix e de tomar um cuba-libre; tempo de sentar na calçada e atravessar a madrugada sem pensar em nada.

Ainda há tempo de escrever um livro, de fazer uma horta e de comer jabuticaba do pé; tempo de cantar no chuveiro e assistir uma ópera.

Ainda há tempo de acreditar em Deus e de entender os judeus; tempo de rezar por um ente querido que se foi, de pedir perdão, de abrir o coração e reconhecer que erramos.

Ainda há tempo de saltar de pára-quedas, de voar de asa-delta, de fazer serenata, de namorar e beijar na boca.

Ainda há tempo para ser poeta, de estudar filosofia e conhecer a Vila Madalena; tempo de ir com a amada comer feijoada e trocar confidências.

Ainda há tempo de comprar uma moto, de fazer rapel ou andar de jipe; tempo de ter dezoito ou noventa anos com saúde e honestidade.

Ainda há tempo de fazer um spaghetti, de abrir um vinho, comer pastel na feira e de encarar uma fila de banco no dia cinco de cada mês.

Ainda há tempo de tomar café no aeroporto de madrugada e de ler a manchete
fresquinha do jornal de domingo.

Ainda há tempo de limpar a gaiola do passarinho, de levar o cachorro pra passear e conversar com seu vizinho.

Ainda há tempo de sair mais cedo do escritório pra jogar boliche ou andar de kart.

Tempo de sair da janela e ir lá embaixo enfrentar o tráfego só pra chegar em casa mais cedo.

Ainda há tempo de dar o real valor a você e à sua vida.

Há tempo de saber que a vida é como uma roda em movimento ladeira abaixo. Se parar, ela irá cair; se não for dirigida ou contida, irá destruir quem encontrar em seu caminho.

Portanto o ainda não existe, tudo depende de nós e sempre haverá um tempo para a vida.

Autor: Nelson Sganzerla (do site Ana Maria Braga)

Percebeu como estamos a todo momento julgando as pessoas e suas atitudes? Criticamos, desenfreadamente, tal pessoa, porque agiu de determinada forma. E não adianta você falar que não faz isso, que tenho certeza que não existe ninguém no mundo que não tenha tal senso crítico em relação aos outros.

E, na minha opinião, toda crítica mexe com a gente. Não por insegurança, mas, por mais que você seja uma pessoa confiante e segura de si mesma, você vai refletir sobre as críticas recebidas e analisá-las. Já ouvi falar também que todo julgamento tem por trás a teoria do espelho: criticamos algo que nos incomoda ou algo que também é nossa característica.
Concordo em partes com essa ideia, porque ela não leva em conta um item que acredito ser extremamente importante: ignorância. Muitas vezes criticamos por falta de conhecimento da real situação pela qual vive cada pessoa. E, claro, sem estarmos, de fato, vivenciando tais dificuldades, julgar é algo bem mais simples do que o "entender, compreender".

E, partindo desse princípio que as pessoas criticam e julgam por pura ignorância, e considerando que eu sou o tipo de pessoa que sempre se coloca no lugar do outro para entendê-lo e não magoá-lo, quando recebo uma crítica sempre penso em esclarecer quem a faz. E é por isso que a crítica mexe pelo menos comigo. Mas, nesses tempos de reflexão, cheguei à conclusão de que o mais importante de tudo isso é saber o que priorizar: se é esclarecer quem nos critica e nos julga sem fundamentos ou se é simplesmente deixar para lá e ver que há certas coisas que não valem a pena, não valem um minuto do nosso dia. E é esta opção que eu tenho adotado como filosofia de vida.

Reflexão é praticamente o meu nome. Não há um dia que eu não reflita sobre algum aspecto, não apenas da minha vida. Mas confesso que com a correria da rotina, tenho deixado um pouco de existir. Não tenho tido tempo o suficiente para analisar as coisas que estão acontecendo na minha vida, ao meu redor.

Essa situação louca me angustia e foi o motivo de eu ter me distanciado um pouco do meu blog. Noites mal dormidas, o pensamento no trabalho, dias e dias trabalhando até tarde. Olheiras cada vez maiores. Essa tem sido minha rotina ultimamente e o único tempo que tenho tido para refletir é dirigindo, no caminho para mais um dia de labuta. E nesse curto tempo, entre algumas fechadas de motoristas de ônibus ou homens estressados ao volante, venho iniciando mais um tempo de reflexões.

Um tanto introspectiva estou, acompanhando a tendência do tempo. Sim, por mais que você não siga nada sobre o tempo e a relação deste com o nosso comportamento, é meio que natural nos sentirmos mais introspectivos nessa época do ano. Frio, manhãs um tanto cinzas e geladas convidam a nossa alma a uma instrospecção. A estarmos mais a sós com o nosso "eu interior", mesmo sendo a nossa maior vontade estar nos braços de uma pessoa amada para nos confortar e nos aquecer.

E nessa instrospecção, venho analisando constantemente o meu passado e as situações difíceis pelas quais passei. Por mais que as pessoas falem que passado é passado e que devemos nos preocupar apenas com o "hoje", foi no passado que plantamos todas as sementinhas que germinaram e fizeram brotar o presente. Por isso, a importância de reconhecermos nossos erros e saber quais atitudes que devemos tomar hoje para que o nosso amanhã seja do jeito que idealizamos. Sim, concordo que na teoria mais lembra uma fórmula matemática de que 1+1=2. Porém, eu, mais do que ninguém desse mundo, sabe quão complexa é essa tal equação: atitudes do passado = presente e atitudes do presente = futuro.
E, cá entre nós, não encontrei ainda ninguém que tenha acertado a receita do bolo, a formulinha ultra secreta da felicidade. Mas, refletir sobre nossas atitudes no passado, creio eu, é um passinho diante do longo caminho que temos pela frente na busca incansável pela nossa 'vida ideal'.

É tão engraçado como, ao longo dos anos, perdemos nosso poder de sonhar. Parece que cada desejo e cada sonho imaginados na infância e adolescência vão sendo deixados - aos pouquinhos - em nossa caminhada. Vamos, a cada esquina, deixando-os para trás e substituindo-os por preocupações.

Vamos minando a nossa mente criativa, que, com medo de nos decepcionar e cansada de ir contra as ordens constantens vindas dos nossos pensamentos mais negativos, vai deixando de existir. É como se a nossa criatividade fosse sendo também esquecida, juntamente com a nossa alegria que tínhamos na infância, quando apenas o movimentar das mãos sob um raio de sol era o suficiente para alegrar o nosso dia. Em menos de alguns segundos, com os nossos dedos "transformados pelas nossas mentes" em bocas de jacarés, pintinhos, deixamos a nossa imaginação voar. E voar tão alto que além do pequeno jacaré, já imaginamos o seu mais potente inimigo: o homem caçador, prestes a dar um bote em sua presa.

E assim, ao passar dos anos, o homem caçador, o jacaré e sua bocona também vão sumindo e colocados em um lugarzinho da nossa mente chamado de "baú". Aquela caixa imensa, onde deixamos para trás todas as nossas lembranças sendo empoeiradas. Mas, ainda ao nosso alcance, para a qualquer momento de nostalgia podermos abri-la novamente e relembrar com carinho o nosso passado.

Mas e se pudessemos manter em nossa mente um espaço para a criatividade e a imaginação? E se fosse um espaço bem maior do que o que reservamos para as chateações, insatisfações e angústias? Será que a nossa mente, livre e solta para sonhar, não poderia ser o nosso meio de resolver o "lado de lá do cérebro", onde se acumulam as coisas negativas?

Posto uma apresentação linda, que recebi por e-mail e que me fez refletir sobre tantas coisas... e espero que cada frase exibida nos slides possa também levá-lo a olhar para o seu próprio `lar`. Ou seria a sua própria `casa`? Pense nisso.


Ontem um querido amigo me mostrou um vídeo sobre uma história (pasmem!) verídica: um casal, que tinha tudo para ser feliz, com casamento marcado. Porém, um pouco antes do dia tão sonhado, o destino resolveu mudar o rumo da felicidade: a noiva sofreu um acidente de carro e entrou em coma.
Mesmo os médicos falando que ela não sairia daquela situação, o noivo não desistiu do seu amor e da sua fé. Não deixou de acreditar que ela acordaria.. e acordou. Mesmo a medicina falando que ela não mais andaria, hoje ela dá alguns passos. Com dificuldades, ela conta com a ajuda do noivo, que em momento algum a abandonou, pelo contrário. Esteve sempre ao seu lado e está até hoje, confiante de que ela voltará a se movimentar e a ter uma vida normal, como a que tinham antes do acidente.
Seu nome é Chris Medina e sua noiva, Juliana. Ele participou recentemente do programa American Idol e não foi apenas sua voz que surpreendeu os jurados (Jennifer Lopez e Steven Tyler), mas principalmente sua história. E se você se emocionar ao ver os vídeos que postei abaixo, deixe a emoção falar mais alto, porque é impossível não chorar.

E eu diria que esse amor - que vem do fundo da alma, até mesmo de outras vidas  - é o verdadeiro sentimento que chamamos de amor incondicional. É lindo e muito difícil de existir hoje em dia. Mas capaz de superar qualquer situação, simplesmente porque transcende qualquer dor, qualquer sofrimento. Vem de uma esfera que não conhecemos, de um plano tão mais superior que chega a ser um sentimento tão divino que foge da nossa singela compreensão...



Falar sobre o casamento do príncipe William com Kate Middleton pode parecer um clichê, uma vez que toda a mídia não fala de outra coisa a não ser da união da realeza britânica.

Porém, eu não poderia deixar de comentar sobre uma das coisas que mais me chamou a atenção nesse "evento" pomposo: o verdadeiro sentimento de amor entre eles. Você deve estar pensando: óh, que coisa mais piegas ou típica de adolescentes que acreditam em contos de fadas.

Mas, se analisarmos o comportamento de ambos, é notório que o amor é recíproco e, o mais bonito de tudo isso: aparentemente sem interesses materiais por trás de toda essa união (digo aparentemente porque também não posso ter certeza dos sentimentos e pensamentos do casal). E é uma sintonia que, com certeza, dificilmente se observa nos casamentos que acontecem hoje em dia. E não estou falando de uniões pomposas como a da família britânica, não. Basta olharmos a realidade à nossa volta para percebermos o quanto é difícil vermos trocas de olhares apaixonados entre os casais ou mesmo uma relação bacana, que mostre o quanto ambos têm afinidades, tornando-os, de fato, um casal.

E o mais curioso é que hoje em dia, ouço pessoas dizendo que estão em busca de um amor verdadeiro, apaixonado, de almas gêmeas - se é que elas existem. Mas, as mesmas que desabafam sobre as dificuldades de tal busca, são as que mais agem de forma contraditória. Permanecem em relacionamentos sem futuro, onde até mesmo o respeito já se esvaiu; acabam traindo seus companheiros (as), não demonstram nem carinho com o parceiro que a relação vira quase que uma guerra incessante dos sexos. 

E ver tudo isso é, na minha opinião, algo muito triste . É como se as pessoas não acreditassem mais no amor verdadeiro e não dessem a mínima importância aos seus mais puros e íntimos sentimentos de querer amar e ser amado. É por isso que o casamento do príncipe Willian deveria servir de exemplo para todos de que o amor verdadeiro existe, sem dúvidas. Mas, antes de mais nada, precisamos acreditar. Acreditar que pessoas de valores ainda existem e também estão em busca de uma companhia séria e bacana. E, principalmente, acreditar que contos de fadas podem acontecer com a gente também, desde que nossos corações estejam abertos e receptivos ao amor.

Muitas vezes o processo de atingir os nossos objetivos é árduo. O caminho é longo, a subida é cansativa, desanimadora. Como se estivéssemos uma vida inteira nessa jornada e não conseguíssimos nem ter uma vaga vista do topo. Muitas vezes, é necessário descansarmos um tempinho durante a caminhada. Nos sentarmos, respirarmos um ar mais fresco, bebermos água e nos alimentarmos para termos força para continuar a "subida". Muitas vezes, a nossa maior vontade é descer tudo de novo e voltar ao ponto de onde saímos. E, quando o nosso maior desejo é voltar atrás, sempre surgem pessoas em nossos caminhos que nos puxam e nos dão coragem para continuarmos a jornada. Nos dão o empurrãozinho que faltava para seguirmos adiante com os nossos sonhos.. e, quando menos percebemos, lá estamos no topo, observando a maravilhosa paisagem que a natureza nos prestigia.

A música The Climb, de Miley Cyrus, fala exatamente sobre essa questão: a escalada da nossa vida.

Recebi esta apresentação e posto para que possam refletir sobre suas vidas e para que deixem ir embora as dores do passado.



Não posso deixar de registrar meu agradecimento aos céus. Sim, ao Universo que tanto tem me ajudado, colocando na minha vida pessoas tão especiais que preciso, mesmo, agradecer por tudo que tem me acontecido.

Eu nunca consegui concordar com a expressão: "perder para ganhar". Mas hoje, diante de tantas coisas boas que estão acontecendo, eu entendo perfeitamente e concordo que, muitas vezes, algo que perdemos em nossas vidas é o caminho para ganharmos e conquistarmos trilhas muito melhores.
E o que venho conquistando neste momento são amizades que jamais imaginaria que entrariam na minha vida. Amigos que, sem ao menos me conhecerem, cruzaram meu destino e mal sabem o quanto têm me ajudado, o quanto têm sido importantes pra mim.

E essas pessoas nem imaginam  ainda o quanto sou grata por elas. Meu agradecimento é de coração e, todas as noites, em pensamento e oração, eu agradeço a amizade de cada um. E peço também que o Universo seja tão bom com cada um de vocês como tem sido comigo.

Quando inaugurei meu blog, tinha a ideia de que seria um espaço pra compartilhar reflexões sobre o comportamento humano e sobre a vida. Não gostava muito da ideia de torná-lo um diário, como é o conceito que todos conhecem por blog.

Hoje vejo que não tenho como não falar da minha vida e dos acontecimentos que me fazem parar minutos e horas em intermináveis momentos de reflexão. Sou assim, não páro um minuto de pensar e questionar o caminhar da minha vida.

E a música tem um pouco desse papel também. As mensagens que elas trazem me fazem refletir sobre o que estou vivendo e passando. Hoje vou postar uma letra que fala exatamente o momento atual. Vim ouvindo no carro (uma conquista que merece um post específico) e quero registrar no meu blog para que, lá na frente, eu consiga 'entender' tudo o que estou vivenciando, com o borbulhar irriquieto das minhas emoções.

Fico Assim Sem Você



Avião sem asa,

Fogueira sem brasa,

Sou eu assim, sem você

Futebol sem bola,

Piu-piu sem Frajola,

Sou eu assim, sem você...

Porque é que tem que ser assim?

Se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante

Nem mil auto-falantes

Vão poder falar por mim...

Amor sem beijinho,

Buchecha sem Claudinho,

Sou eu assim sem você

Circo sem palhaço,

Namoro sem amaço,

Sou eu assim sem você...


Tô louco prá te ver chegar

Tô louco prá te ter nas mãos

Deitar no teu abraço

Retomar o pedaço

Que falta no meu coração...


Eu não existo longe de você

E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas pra poder te ver,

Mas o relógio tá de mal comigo


Por que? Por que?


Neném sem chupeta,

Romeu sem Julieta,

Sou eu assim, sem você

Carro sem estrada,

Queijo sem goiabada,

Sou eu assim, sem você...



Você...



Porque é que tem que ser assim?

Se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante

Nem mil auto-falantes

Vão poder falar por mim...


Eu não existo longe de você

E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas prá poder te ver,

Mas o relógio tá de mal comigo...

Estava hoje almoçando um lanche rápido, quando vi no telão do local uma música que me chamou a atenção: "I`m worth it" (eu valho a pena), da Vanessa Camargo.
Não, não sou fã dela, mas achei interessante a letra da música.

Muitas vezes nos dedicamos tanto ao outro. Fazemos tudo pela pessoa que está com a gente, mas nem sempre recebemos o retorno que desejamos. E tal retorno não é nada além de "carinho, amor, atenção". Coisas que você até falaria: "ah vá! Isso é a coisa mais simples". Por incrível que pareça, não é não.

Vivemos atualmente uma vida totalmente insana. Totalmente "sem tempo" para nada. Vivemos em uma corrida incessante, que vem proporcionando um desequilíbrio em nossos sentimentos. Afinal, cada vez mais exacerbamos o nosso lado "guerreiro" de ser, mas estamos, por outro lado, cultivando nossa carência, alimentando-a com toda essa rotina louca.

Dessa forma, aumentamos nossa necessidade por um sentimento tão simples - que é o de dar e receber carinho das pessoas - que passamos a viver em descontente rotina. E, cada vez mais, as pessoas não conseguem parar sua rotina para prestar atenção no outro, no companheiro. Não conseguem olhar o seu esforço, as suas atitudes (que sempre falam mais que as palavras).

E aí é hora de falarmos pra nós mesmos: "I`m worth it", caramba! Tradução: eu valho a pena! E sim, muito! Coloque numa balança tudo o que você faz para a pessoa que gosta, o seu companheiro. Tenho certeza que, nós mulheres, somos muito "over" em alguns momentos. Fazemos muito além do que deveríamos. Queremos cuidar, queremos melhorar a vida da pessoa, queremos fazê-la se sentir tão bem, mas acabamos esquecendo de nós mesmas. Esquecemos de nos valorizar e falar para o Universo que nós valemos, sim, muito a pena!!!

Ontem tive o privilégio de ver, em Iporanga (SP), uma das paisagens mais lindas de toda a minha vida: um céu hiper, mega estrelado, como se fosse um manto sagrado de pontos brilhantes e luminosos sobre as nossas cabeças.

Aquela imagem que nos faz perder a fala, que nos deixa em silêncio pelo simples ato da contemplação. Nos paralisa, nos faz refletir sobre as belezas da vida, que nem sempre temos o prazer de ver e conhecer.

Queria muito poder imortalizar esse momento tão especial, principalmente pela pessoa que estava comigo. E é essa felicidade - de estar ali, diante de um cenário tão perfeito, com quem gostamos de verdade - que eu queria que durasse pra sempre.

Hoje quero, por meio deste post, agradecer a amizade de uma amiga muito especial. Uma pessoa que sempre me ajudou nos momentos tristes e alegres da minha vida. Uma pessoa que me ensinou muitas coisas sobre o lado espiritual, sobre aprender com as quedas da vida. Uma pessoa que sempre me deu força e esclarecimentos sobre a minha doença (Diabetes) e sempre tentou me animar sobre a mudança de atitude (sentimentos e pensamentos) como o melhor remédio para tal diagnóstico. Uma pessoa que sempre desabafou comigo suas angústias, suas dores da experiência de um amor não correspondido. Uma pessoa que me ensinou que, ainda assim, é possível caminhar, mesmo que com feridas ainda abertas. Uma pessoa que me mostrou que não devemos nos apegar a um lugar, a uma vida cômoda. Mas sim, irmos atrás de nossos ideiais, mesmo que tenhamos que abrir mão de certas coisas, até mesmo de um amor verdadeiro.

E essa pessoa, que tanto quero agradecer, me mostrou, acima de tudo, que não é necessário conhecer os amigos pessoalmente para se ter uma amizade verdadeira. Eu não a conheço pessoalmente. Por uma circunstância da vida, acabamos nos conhecendo por meio do meu próprio blog e nos tornamos grandes amigas, mesmo que à distância.

Minha querida amiga, gostaria de agradecer também os presentes que me deixou. Com lágrimas nos olhos escrevo este post e este agradecimento  e saiba que vou guardar para sempre os quadros que me mandou e, também, o lindo livro com as paisagens belíssimas. Mesmo não nos conhecendo pessoalmente, desejo de todo o meu coração que você consiga conquistar tudo o que deseja. Saiba que sempre estarei aqui, mesmo que via msn, para ajudá-la no que for preciso. Fique com Deus, querida. E você tem que cumprir uma dívida comigo: ser feliz!!!

Ontem, andando pela avenida Paulista depois do expediente, fui abordada - de forma um tanto engraçada - por um rapaz de jaleco laranja. Percebi que muitas pessoas ao meu redor não paravam para dar atenção à rapaziada, que tentava segurar momentaneamente as pessoas que por ali passavam apressadas. 

Os meninos estavam a trabalho da Fundação Abrinq e pediam uma contribuição simbólica para as crianças cariocas, que, de alguma forma, tinham sido afetadas pelas enchentes do Rio de Janeiro. Contribuí com a causa, claro, mas fiquei pensando também no difícil trabalho de quem precisa ficar na calçada de uma das mais "caóticas" avenidas, como é a Paulista, e ainda convencer as pessoas a colaborarem com dinheiro. E ainda: convencê-las a parar cinco minutinhos de sua apressada rotina para ouvir a explicação sobre a ação da Fundação Abrinq. E, mais do que isso: convencê-las a doar dinheiro.

A questão me levou à reflexão levantada por um grade amigo, que diz que quando seus amigos perguntam qual o perfil de "mulher" que ele curte, ele simplesmente responde: "a que me trate bem. É só isso que quero". Questionei o motivo de apenas um "tratar bem", sendo que para um relacionamento dar certo - na minha visão - o "tratar bem" faz parte de inúmeros outros requisitos, como afinidade, beleza exterior e interior, companheirismo, gênio, nível de flexibilidade de cada um, entre tantos outros pontos que julgo essenciais na arte das relações.

Meu amigo, decisivo nos seus valores e conceitos de vida, me respondeu: "Sim, tratar bem, porque tudo o que fazemos e a forma como agimos são direcionados ao tratar bem. Não adianta ter afinidade e um não saber tratar o outro com respeito, amor e carinho. Não adianta ter um nível de flexibilidade, se houver agressividade na forma de lidar com o companheiro. Não adianta ser carinhoso por alguns instantes se o namorado não tratar bem sua namorada, e assim por diante".

Concordei e fiquei admirada como o "tratar bem" resume todos os questionamentos que costumamos fazer sobre a 'pessoa certa'. Mas, mais do que isso, acredito que o conceito do "tratar bem" não deveria ser pensado apenas nas relações amorosas, mas, sim, em toda a sociedade. Se tal conceito estivesse já enraizado em nossas vidas e em nossos comportamentos, tenho certeza que a sociedade seria muito melhor. E, sem dúvidas, também, os meninos da Fundação Abrinq iriam agradecer imensamente o 'tratar bem' das pessoas e retribuiriam em dobro a já simpática recepção que fazem a todos os stressados da Paulista.

Há um tempo, eu havia feito uma pergunta sobre almas gêmeas à sensitiva Joana Okoshi. Ela me respondeu em seu blog: "Em sintonia com a vida" (http://emsintoniacomavida.wordpress.com./). Compartilho com vocês, para que a resposta sirva de esclarecimento às pessoas que estão nessa incessante busca pela sua cara metade.


Muitas pessoas estão em busca de sua “alma gêmea”. Muitos dizem que as pessoas estão solteiras porque são muito exigentes. Mas eu pergunto: será que dar chance para uma pessoa por quem não estamos 100% apaixonados(as) não seria carência? Como lidar com isso? Como podemos saber se tal pessoa que apareceu é a certa? É verdadeiro o que dizem que quando encontramos a pessoa certa o coração dispara? Não seria ilusório? (Flávia, jornalista, São Paulo)



Joana Okoshi – O nome muito utilizado para definir a pessoa “certa” para relacionamento tem sido “alma gêmea”. Seria a pessoa com quem teríamos uma afinidade muito grande, aquela pessoa que despertaria o maior dos sentimentos. Você pergunta se isso é ilusão. Caso acredite que sim, assim será para você, porque tudo que acredita torna real em sua vida. Caso contrário, como encontrar essa pessoa que você tanto idealiza como sendo a pessoa certa? É tornando-se essa pessoa. Eu explico: se atraímos as pessoas de acordo com a nossa vibração energética, significa que tudo que quer no outro você precisa ter a energia equivalente construída em você. Se deseja alguém carinhoso para conviver, você precisa ter muito carinho desenvolvido para consigo mesma, se não quer ser traída, você não pode se trair e assim vai. Nós ainda precisamos aprender muito em relação à afetividade, então, a pessoa certa é aquela que naquele momento de nossas vidas nos ajuda a crescer. Por quanto tempo? É o tempo em que estando juntos a evolução seja uma constante. Então, o que importa é a lição aprendida. Portanto, abra-se para as experiências, mas escolhendo de acordo com o que a sua alma sinaliza, não pelo que a sua mente estipula. Confie na vida. Ela vai estar do seu lado e, acima de tudo, confie em você.

Hoje iniciei o Evangelho no Lar. Há anos que eu ouvia falar dessa prática espírita, mas não a implantava em casa. Não sei explicar o porquê. Porém, chegou a hora de iniciar tal trabalho e minha motivação foi a busca pelo nosso principal alimento: a calma de espírito.

Pois bem, eis a mensagem que nossos amigos espirituais nos deram hoje:

"Que vossa mão esquerda não saiba o que faz vossa mão direita - fazer o bem sem ostentação (Cap. 13).
Tomai cuidado para não fazer vossas boas obras serem vistas diante dos homens; de outro modo, não recebereis recompensa alguma de vosso Pai que está nos Céus. Quando derdes esmola, não façais soar a trombeta diante de vós, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados pelos homens. Eu vos digo, em verdade, que já receberam sua recompensa. Mas, quando derdes uma esmola, que vossa mão esquerda não saiba o que faz a vossa mão direita, a fim de que a esmola fique em segredo. E, vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos dará a recompensa".

Este é apenas um trechinho de todo o capítulo. E o mais curioso é que esses dias estava realmente pensando na questão do ego das pessoas, quando se dedicam totalmente à ajuda ao próximo, mas acabam esquecendo de sua própria vida, e até mesmo das necessidades de sua alma. Será que essa ajuda - exibida - ao outro não seria uma forma de alimentar constantemente o próprio ego?
Não seria uma forma até mesmo egoísta? Sim, egoísta. Afinal de contas, é por meio de uma atitude de ajuda que a pessoa acaba se "sobressaindo" diante de um grupo de pessoas e passa a ser admirada como uma liderança.
E onde estão tais limites - entre a ajuda de coração e aquela que mais serve de pedestal?

Como nos diz a mensagem, a grande diferença é que, quando é de coração, a ajuda é guardada em segredo. Apenas quem fez a boa ação sabe de sua atitude, além daquele que a recebeu.

Neste final de semana fui ver a peça teatral "Filhos do Brasil MIX", da Oficina dos Menestreis. Para quem não conhece o grupo (http://www.oficinadosmenestreis.com.br/), vale a pena ver, pelo menos, uma vez. As peças são encenadas - em sua grande maioria - por pessoas portadoras de necessidades especiais - cadeirantes, cegos, entre outros. Mais do que uma lição de vida, a apresentação proporciona uma profunda reflexão interna.

Em apenas uma hora e meia de espetáculo, é possível viajar por todos os seus conceitos e `pré-conceitos` estabelecidos por toda a sua vida. Não porque você mesmo quis estabelecê-los, mas porque a própria sociedade nos educa de tal forma que passamos a ter uma visão pré-concebida de tudo.
E digo mais: a apresentação nos leva a viajar no passado, a relembrar certas cenas, a pensar em nossos próprios comportamentos e atitudes que teimamos em não mudar. Não por falta de força de vontade, mas por medo, por timidez, por orgulho. Ou, simplesmente, porque somos "bobos". Sim, somos bobos demais por não conseguirmos quebrar certas barreiras que foram construídas ao longo de anos.
Por não conseguirmos deixar a emoção falar mais alto quando ela tem que falar. Por sempre estarmos "engolindo" um choro, um sorriso, um "muito obrigado" ou um simples "desculpe, me perdoe".

E assim saí da peça - pensativa, reflexiva. Arrependida por não conseguir mudar tanta coisa que já aconteceu, mas que poderia ter sido diferente e que ainda não superei. E aí que está: todos os atores ali presentes nos ensinam exatamente isso: a superação de um problema físico, que, com certeza, deve ter sido - e ainda ser - algo extremamente dificil de lidar. Então, penso comigo: se eles superaram, por que nós, que não temos nenhum problema nem de longe similar, não conseguimos superar algumas questões de forma mais fácil?  E a reflexão continua...

Recebi este texto e achei muito interessante, principalmente porque representa bem algo que acabei de ler no livro "Conversando com Deus", de Neale Donald Walsch. Segundo "Deus", nós somos movidos apenas por dois sentimentos: o medo e o amor.


O Salto
"A gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, nos espere uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato - pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante. Mas entre o silêncio que pode estar nos aguardando então e o presente - você acabou de sair da minha casa, uma vez ou outra ainda consigo sentir o seu cheiro pelo quarto -, quem sabe não seremos felizes! Entre a concretude do beijo de cinco minutos e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas.


Passos atrapalhados de dança e risadas, no corredor do meu apartamento. Respirações ofegantes, cafunés. Uma festa cheia de amigos queridos. Estradas, borrachudos, a primeira visão de sua nécessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), banhos de mar - você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos as ondas -, mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu-bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais presos por ímãs na porta da geladeira e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo, e saberei, com a certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz.

Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não ?

Tudo que sabemos agora é que te quero, você me quer e temos todo o tempo e espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos. Se tivermos cuidado e sorte - sobretudo, quem sabe?!, sorte - é capaz que dê certo. Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe uma centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo - o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão -, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto."

(O Salto - Antonio Prata)

Todos nós somos merecedores de todas as coisas maravilhosas que a vida nos proporciona. Por isso, recomendo - e muito! - esta oração do merecimento.


ORAÇÃO DO MERECIMENTO

Sou merecedor. Mereço tudo o que é bom.

Não uma parte, não um pouquinho, mas tudo o que é bom.

Agora me afasto de todos os pensamentos negativos, restritivos.

Liberto e deixo ir todas as minhas limitações.

Em minha mente, sou livre.

Agora me transporto para um novo espaço de consciência,

onde estou disposto a me ver de maneira diferente.

Estou decidido a criar novos pensamentos

sobre mim mesmo e minha vida.

Meu modo de pensar torna-se uma nova experiência.

Eu agora sei e afirmo que sou uno com

o Poder de Prosperidade do Universo.

Assim, prospero de inúmeras maneiras.

Está diante de mim a totalidade das possibilidades.

Mereço vida, uma boa vida.

Mereço amor, uma abundância de amor.

Mereço boa saúde.

Mereço viver com conforto e prosperar.

Mereço alegria e felicidade.

Mereço a liberdade de ser tudo o que posso ser.

Mereço mais do que isso. Mereço tudo o que é bom.

O Universo está mais do que disposto a manifestar minhas novas crenças.

Aceito essa vida abundante com alegria, prazer e gratidão, pois sou merecedor.

Eu a aceito; sei que é verdadeira.

Sou grato a Deus por todas as bênçãos que recebo.

Porque eu mereço!!!

Dedico este texto, que foi publicado na revista do Jornal O Globo, a todas as mulheres.



'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!


E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias..
Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.

Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

(Martha Medeiros - Jornalista e escritora)

Recebi uma mensagem de um amigo, que me deixou muito feliz.
Sempre que eu conversava com ele, parecia triste, chateado com a vida, sem muito ânimo para lutar por sua felicidade. Eu tentava sempre motivá-lo a encarar seus desafios, mas, ainda assim, sem muito sucesso. Porém, em sua última mensagem, eis uma surpresa: ele me mandou uma figura de linguagem muito bacana,  que mostra que está de volta à vida e pronto a encarar suas tristezas.

"...de um lado está tudo o que conhecemos. Então há uma muralha. Do outro lado, se vislumbra um grande deserto. Num dia, acordamos no outro lado - o do deserto. Aí o que fazemos: ficamos tentando pular a muralha de volta. O que deve-se fazer é respirar fundo e caminhar pelo deserto; é um caminho tortuoso e por vezes doloroso, mas esse é o caminho livre, e haverá muitos oásis esperando para serem encontrados.
Duro é que muitas vezes, a gente insiste em andar para trás e dá de cara com a muralha novamente.. rs".

E eu complementaria a mensagem com outra frase:
"Eu não disse que seria fácil, eu disse que valeria a pena". (Dom Bosco)

Ou seja, como dizem os japoneses: "gambatte kudasai" (tradução: "força na peruca!" hahaha).

Você tem reclamado muito sobre a sua vida? Leia então a história do repórter Lucas Maia, 24 anos, do jornal O Estado de S.Paulo. A matéria é longa, mas vale a pena, garanto.


Quando só o faro basta para ser um bom repórter

Uma das características do jornalista é a capacidade de observar os fatos para visualizar o que é notícia. Essa capacidade Lucas Maia, de 24 anos, repórter de O Estado de S. Paulo, não dispõe. Pelo menos fisicamente. Maia nasceu com a Síndrome de Leber, rara doença genética que impede a reprodução das células da retina, levando o indivíduo à cegueira total em pouco mais de dez anos.


Lucas Maia abraçado à sua cadela, Annie: perseverança ajudou o repórter a superar obstáculos e a ingressar no concorrido mercado do jornalismo. Hoje, é repórter de política do "Estadão".Mesmo assim, foi selecionado em duas das mais exigentes "peneiras" do mundo jornalístico: passou, na primeira vez que tentou, na prova do Curso Abril e do Curso Estado de jornalismo. Uma vez que soube que teria a oportunidade de trabalhar na editoria de Política e Economia, sua favorita, Maia escolheu a redação do Estadão.


Descobertas – Durante o curso que o transportou para dentro do jornal, Maia e o diretor do Curso Intensivo de Jornalismo do Grupo Estado, Francisco Ornellas, fizeram um combinado. "Iríamos descobrir juntos quais adaptações e que tipo de auxílio eu iria precisar", diz o repórter. "Acabamos descobrindo que eu precisava de poucas adaptações", completa Maia.

O diretor cita as principais características do ex-aluno: "É um repórter irrepreensível, tanto no que diz respeito ao texto quanto à apuração. Mas, principalmente, a preparação que ele faz antes de ir para a pauta é algo de especial. Ele se prepara com muito mais cuidado do que os demais, seus sentidos são muito concentrados em examinar o mundo exterior: os cheiros, as dimensões, os elementos da paisagem, os personagens."
Um exemplo curioso citado por Ornellas: "Durante os três meses do curso, tivemos duas viagens: uma para o Rio Grande do Sul e outra para Rondônia, onde visitamos o Rio Madeira. No barco, perguntei a um grupo de estudantes qual era a largura média do rio, e nenhum soube me dizer. Cheguei para o Lucas, que estava sozinho, e fiz a ele a mesma pergunta. Ele me respondeu: 'Olha, no ponto em que estamos eu não sei, mas a média deve ser algo em torno de 1890 metros'".

Lucas não vê, mas enxerga. E muitas vezes melhor do que muitos de nós, acostumados somente a confiar – assim como Tomé – naquilo que nossos olhos testemunharam. "Certa vez, perguntei ao Lucas o que ele estava achando de São Paulo", diz Ornellas. "Ah, eu acho uma cidade muito bonita", afirmou, para espanto geral. "Achei lindo o bater de asas dos pássaros na Praça da Sé", disse o jovem ao professor.

"O Lucas tem uma alma leve e, muitas vezes, ele escolhia 'enxergar' o lado bom das coisas, que as outras pessoas não visualizariam", diz o diretor do curso Estado de jornalismo.

Sentidos – O próprio repórter analisa de maneira crítica os homens e sua "crença cega" na visão. "As pessoas acreditam piamente naquilo que veem, se esquecem do poder dos outros sentidos e se esquecem que a vista dá margem a ilusões. Outros sentidos, como o tato, são bem mais concretos", ensina.
E é o tato um dos principais aliados dele para 'enxergar' o mundo. "Eu quase não sonho com imagens; meus sonhos são cores, sensações. Mas quando sonho com imagens, é a materialização de algo que eu toquei e me sensibilizou", conta o jornalista.

Jornalismo – Atualmente, de acordo com o próprio Maia, ele tem apenas "visão de luz". Porém, nem sempre foi assim. Nasceu com pouca visão, algo em torno de 20% em cada olho. Contudo, seus pais optaram por alfabetizá-lo em escolas convencionais em Campos dos Goytacazes (RJ), sua cidade natal. Sempre irrequieto e comunicativo, prestou vestibular para Relações Internacionais, Filosofia e Psicologia. Entrou em Filosofia na UFRJ e detestou. Fez um semestre e largou o curso.
Menos de um ano depois já estava cursando jornalismo na PUC-Rio, convicto "desde o primeiro dia de aula" que era isso que queria fazer pelo resto da vida. Quando cursava o primeiro semestre do seu ano de graduação, resolveu vir para São Paulo prestar os cursos Abril, Folha e Estado de jornalismo.

Hoje em dia mora sozinho numa espécie de pensionato e flat no bairro da Pompeia, de onde toma o ônibus para ir para a redação de O Estado de S. Paulo, todos os dias. Seu apartamento, ao contrário do que poderiam pensar, não tem caracteres em Braille impressos na cozinha ou pontas aparadas nos móveis para não se machucar. "A única coisa que eu não posso ter no apartamento é uma mesinha de centro ou algo do gênero, no qual eu possa bater a canela", explica.

Computador – No trabalho também houve poucas adaptações. Maia usa um computador convencional, que necessita somente da instalação de um programa que dita para ele, por avisos sonoros, o que está na tela. Seu telefone celular funciona de maneira similar.

Seus entrevistados costumam estranhar quando percebem a deficiência do entrevistador. Porém, isso é um fato pouco frequente e rapidamente contornável por Maia, que usa o jogo de cintura e contorna a situação.

"Existe um estranhamento à primeira vista, mas até que eles (os entrevistados) disfarçam bem. Acho que a relação entre o repórter e o entrevistado exige um certo 'tomar de rédeas' por parte do primeiro. Não me sinto inferior nem me coloco como alguém passível de pena ou dó, e acho que meus entrevistados percebem isso", afirma.

Seu dia-a-dia é agitado: musculação três vezes por semana, francês e curso de economia, os dois últimos uma vez por semana. Isso além da vida na redação e, claro, sua vida social. Vai ao cinema com amigos, bares e até exposições.

"Adoro ir a exposições de arte. Acho que é um acontecimento cultural muito rico. Vou com amigos e colegas, de preferência com alguém que entenda de artes. Eles me falam o que está na tela e eu leio os textos de apresentação, que costumam ser bem explicativos".

Companheira – Seu maior acessório – e a mais fiel companheira – é Annie, uma cachorra mestiça de labrador com poodle de sete anos. Norte-americana, ela só responde a comandos em inglês, que o dono profere bem baixinho. Maia está com ela desde os dezoito, embora, explique, "somente deficientes visuais acima de dezesseis anos podem ter um cão-guia".

Annie vive para cuidar dele e, nesse sentido, a relação de um indivíduo cego com o seu cão-guia é de mutualismo, pois a responsabilidade do jornalista para com ela é enorme também.

"No início eu não confiava nela, nem ela em mim. Era um fardo porque éramos como dois estranhos que precisavam sempre estar alertas um com o outro", lembra. Ela pode, sim, como dito anteriormente, se "desgarrar", diz Maia.

"Porém, quando ela está com o arreio que a prende junto a mim, não podem nem brincar com ela, porque ela está a serviço", diz, reconhecendo em sua maior companheira uma de suas próprias características mais marcantes: o compromisso incondicional com a profissão.

Fonte: Diário do Comércio - Marcelo Marcondes - 2/5/2010

Hoje eu quero fazer uma reclamação a Deus.

Óh, meu Deus, essa menina enlouqueceu! Como assim? Reclamar justo com o criador do universo?
Ué, claro! Se foi Ele quem nos criou, com quem mais eu poderia reclamar?!

Pois bem, Senhor Deus. Eu quero contestar uma coisinha da sua obra: por que nós temos que ter o subconsciente? Por que o Senhor não o fez separadamente de nosso consciente e deixou que nosso livre arbitrio optasse por querê-lo ou não em nosso cérebro?

Mas por que tal questionamento, minha filha?

Ora, Senhor, o subconsciente é uma caixinha de surpresas. Uma caixinha que fica ali, escondida dentro de nós e quando menos esperamos, lá está transbordando emoções, que são jogadas para nós em forma de pensamentos.
Claro, seria tudo ótimo se tal fartura se revertesse em coisas positivas em nossas vidas, mas parece papel do subconsciente criar pensamentos e sentimentos negativos! Será que meu subconsciente não veio então com defeito de fábrica e o meu problema é único, inerente apenas ao meu ser?
Será que posso trocar minha caixinha?

Não, minha filha. Todos são feitos igualmente com um ingrediente chamado "perfeição divina". Porém, quem vai enferrujando e danificando nossas pecinhas do subconsciente somos nós mesmos. Seja por influência da sociedade, da família, dos amigos. Mas a culpa é apenas nossa e de mais ninguém. Porque nós que permitimos que nossa caixinha seja danificada, passando a emitir sentimentos e pensamentos ruins.
Mas lembre-se, minha filha: cada um de nós tem o poder de mudarmos qualquer fato de nossas vidas. A mudança é um árduo processo e quase nunca é, de fato, realizada, tamanha a dificuldade de mudarmos os padrões de pensamento que carregamos durante anos de nossas vidas.
Mas, se começarmos aos pouquinhos, nos policiando, limpando uma pecinha de cada vez, garanto a você que o resultado será ótimo. Consequentemente, as pecinhas danificadas ao redor também serão beneficiadas e, no final, todo o resultado será uma nova caixinha, quase totalmente limpa.

Poxa, Senhor, mas, "quase limpa"? Por que não posso conseguir uma caixinha 100% limpa, translúcida, brilhante como quando nascemos?

Simplesmente, minha filha, porque vocês são seres humanos... e precisam sentir as emoções - tanto boas, quanto ruins, para se lembrarem que estão vivos e devem, com o máximo empenho, aproveitar a vida!

Tem dias que chegamos tão cansados que o que mais queremos fazer é simplesmente dormir. É como se toda a nossa energia tivesse saído de nós por alguma válvula acidentalmente aberta.
É aquela sensação de desgaste físico e mental, como se nos arrastássemos para caminhar e chegar até em casa.

E aí eu pergunto: o que você faz para recarregar sua bateria?
Tem dias que eu simplesmente deito e apago, mas, com certeza, essa opção não garante uma boa noite de descanso e um dia seguinte cheio de energia. Acho que depende muito mais do nosso estado de espírito, nossas preocupações e os momentos que dedicamos a realmente curtir a vida.
Antigamente, quando eu voltava para casa muito cansada eu só descansava mesmo se ouvisse música. As minhas preferidas eram músicas com sons de natureza e com fundo de piano - que eu amo! - ou ainda, psy.
O que?? Relaxar ouvindo psy?! Pois bem, caro leitor, você leu certinho e é isso mesmo: eu dormia ouvindo música de rave!

Aquele som, aquela batida meio dance, meio lounge, era como um calmante para os meus nervos à flor da pele e também como um sonífero para minhas muitas noites de insônia.

E você? Qual é o seu segredinho para repor sua energia?

Você já deve ter ouvido inúmeras vezes os especialistas em motivação falarem que precisamos dar valor às pequenas coisas positivas que acontecem em nossa rotina. Mas você consegue perceber essas pequenas alegrias, merecedoras de um minuto de agradecimento do seu dia?

Pois bem. Não se sinta culpado caso sua resposta tenha sido um "não". Eu também dificilmente consigo perceber tais momentos. Mas ontem foi inevitável não reconhecer e agradecer que algo considerado do dia-a-dia era um presentinho dos céus.

Estava eu, alucinada com tantos prazos a cumprir, textos a entregar, mailings a montar..  e tive o prazer de conhecer uma banda que não conhecia: "Rosa de Saron". Explico: eu precisava redigir um texto sobre a coletiva de imprensa que eles farão nesta semana, durante um evento de um cliente e, para me inspirar, fui atrás de seus shows, no Youtube.
E que agradável surpresa!! Que voz, que músicas lindas! O trabalho e a correria deram lugar a uma sensação de tranquilidade, como se eu estivesse naquele palco, junto com a banda, ouvindo seus integrantes e apreciando aquele som maravilhoso.
Uma calma, uma paz tomaram conta de mim. E eu pude agradecer imensamente o senhorzinho bondoso lá do céu.

Vou postar um dos shows da banda. Espero que o vídeo passe a você a mesma energia positiva que passou pra mim!

Posto aqui um texto que adorei e acredito que muitos também vão não só gostar, mas se identificar com as "dificuldades" nele apontadas. Espero, principalmente, que não sirva apenas como uma simples leitura, mas, que possa ajudar cada um a encontrar a sua própria essência...

Ser transparente...

(Deixe aflorar toda a sua doçura)
Rosana Braga


Às vezes, fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente... Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso.


É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente... Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar...

Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.

Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser... Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!

Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos... Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado...

Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar... doçura, compaixão... a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!

Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: “você está me machucando... pode parar, por favor?”. Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor...

Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível...

Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto... Que consigamos docemente viver... sentir, amar...

E que você seja todo coração, muito mais sentimento, inundado de um amor transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar...

A primeira mensagem de 2011 será uma que recebi por e-mail dias antes da virada do ano. Sei que em alguns aspectos pode parecer um clichê, mas não deixa de nos dar aquele "chacoalhão" essencial de todo início de ano: de nos relembrar das coisas mais simples que acabamos esquecendo diante das inúmeras promessas que fazemos para o ano vindouro. E, vamos combinar? Acabamos não cumprindo nem metade delas. Então, que tal começarmos um ano de forma mais simples, com apenas uma promessa: a de darmos a nós mesmos a chance de um recomeço? E, assim, termos a possibilidade de desenharmos um ano diferente, exatamente da forma como queremos que seja 2011?

"Quando der meia-noite e o novo ano chegar,
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos.
Alguns o mesmo emprego.
O mesmo parceiro(a).
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que quando o relógio nos avisar que
é meia-noite, do dia 31 de dezembro de 2010,
teremos um ano INTEIRO pela frente!
Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade,
coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos....
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha..
E, exatamente por isso, eu desejo que vocês façam as melhores escolhas
que puderem.
Desejo que sorriam o máximo que puderem.
Cantem a música que quiserem.
Beijem muito. Amem mais. Abracem bem apertado.
Durmam com os anjos. Sejam protegidos por eles.
Agradeçam por estarem vivos e terem sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeçam as suas escolhas, pois certas ou não, elas são suas.
E ninguém pode ou deve questioná-las.
Quero agradecer aos amigos que eu tenho:
Aos que me 'acompanham' desde muito tempo.
Aos que eu fiz este ano.
Aos que eu escrevo pouco, mas lembro muito.
Aos que eu escrevo muito e falo pouco.
Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria.
Aos que moram perto e eu vejo sempre.
Aos que me 'seguram', quando penso que vou cair.
Aos que eu dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.
Aos que ganham e perdem.
Aos que me parecem fortes e aos que realmente são.
Aos que me parecem anjos, mas estão aqui e me dão a certeza de que
este mundo é mesmo divino.
Obrigada por fazerem parte da minha história".

Quem sou

Flávia Arakaki, de SP, Brasil. Sou jornalista, apaixonada pelos temas relacionados ao autoconhecimento, à motivação e ao comportamento. Enfim, tudo que contribua ao aprendizado e amadurecimento das pessoas, de modo a ressaltar cada vez mais a essência de cada um.

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