Às vezes tenho a impressão de que o mundo está cada vez mais 'perdido', ou eu que não "acompanhei" muito bem a 'evolução' (dou graças ao bom velhinho que fica no céu, ou seja lá quem for, de ter ficado de fora dessa (in)evolução sem sentido).

Vejo pessoas cada vez mais insatisfeitas, reclamando da falta de gente "prestável" para um relacionamento, porém, por outro lado, vejo comportamentos cada vez mais antagônicos: roupas cada vez mais curtas, como se fosse uma competição de quem consegue andar com menos tecido; pessoas cada vez mais se iludindo com o tal do "pegar mais e mais", quando na verdade, voltam pra casa com aquele vazio pós-balada, de não ter uma companhia legal pra conversar.

Pessoas que, cada vez mais, se dizem descoladas por 'relacionamentos abertos', quando, na verdade, abertos são os vazios e buracos que existem em suas almas e, consequentemente, em seus corações. Pessoas que se dizem totalmente resolvidas, quando não conseguem ficar nem um dia sozinhas, depois de terminarem um namoro e já partem para o próximo coitado que só serve, na verdade, pra 'tapar buracos' e não para compartilhar um amor verdadeiro.

Pessoas que, cada vez mais, valorizam o 'status', ao invés da essência. Que valorizam mais o "ter" do que o "ser". E que casam como se trocassem de sapatos, apenas para dizerem que casaram; mas que se separam no instante seguinte. Afinal, são pessoas que estão acostumadas com o "jogar fora", ao invés de lutarem para "arrumar", para o fazer "dar certo".

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