A jornada continua. Caminhos a escolher. Decisões a tomar. Dúvidas e incertezas que teimam em continuar na estrada, como pedras no sapato de quem quer apenas - e simplesmente - caminhar. Caminhar de pés descalsos, caminhar com a brisa tocando o rosto.
Caminhar ouvindo um único som. Não quero músicas, não quero melodias já redigidas e prontas, e decoradas.

Quero um som limpo, um som que é raro conseguirmos ouvir, tamanha a afobação e turbulência da nossa mente.  Que ouvir apenas um som, o que vem lá do fundo da nossa alma e do nosso coração, para me guiar nessa jornada de tantos e incessantes caminhos.

Estou em uma fase um tanto nostálgica em minha vida, relembrando momentos do passado, analisando como 'o rio' da minha vida fluiu até hoje.

Nessa análise, puxei da memória alguns momentos que quero, com carinho, registrar aqui no blog. Momentos e atitudes que nos fazem refletir que, mesmo no caos que vivemos hoje - de tantos desencontros entre as pessoas, não podemos deixar de acreditar nas coisas boas da vida, nas pessoas de bom coração e que sabem valorizar o outro em um relacionamento.

E um dos momentos que me marcou muito até hoje, mesmo que a pessoa não saiba e nem faça parte mais da minha vida, foi quando eu tinha acabado de chegar de viagem, pois era uma pessoa que morava em outra cidade. Cansada, não aguentei tamanho sono que sentia e fui cochilar, enquanto ele preparava algo para eu comer. Quando veio me acordar para jantar, havia colocado uma rosa que colhera do próprio jardim de sua casa, bem em frente aos meus olhos, para que a avistasse assim que acordasse. Um gesto tão singelo, mas carregado de tanto cuidado, tanta consideração e que, com certeza, guardo com muito carinho também em minha memória.

E é isso que acho que falta hoje em dia: mais demonstrações de carinho, de amor, de cuidado. Mais afeto, mais consideração, mais criatividade para olhar nos pequenos detalhes a forma de expressar grandes sentimentos.









Decidi escrever sobre um dos assuntos mais desafiantes da minha vida: o medo de dirigir. Desafiante porque foram dez anos - sim uma D-É-C-A-D-A - que levei para conseguir superar tal desafio.

E, se eu consegui vencer tal barreira, mesmo tendo como uma crença a convicção de que eu nunca seria capaz de dirigir, significa que você, cara leitora, também pode.
Você deve estar pensando que o que vou falar é mais um monte de blablablá, com frases motivacionais, como "vai lá, pega o carro, enfrenta". Mas, não vou. Pois, depois de tanto tempo com medo do volante, eu bem sei que frases como essa não nos motivam, pelo contrário, nos ajudam a afundar mais ainda em nossa frustração. Afinal, quem já dirige não entende o que se passa na cabeça e no coração (sim, claro, o lado psicológico é o que mais pesa) de quem ainda tem tal limitação.

Consequentemente, o medo de dirigir começa a se tornar um monstro dentro de nós, alimentado pela vergonha, pela sensação de incapacidade. Olhamos outras mulheres dirigindo e nos sentimos tão pequenas, tão "menos" que as pessoas. E isso é horrível.

Ok, chega de torturá-la com as emoções negativas que você muito bem já conhece e que, infelizmente, estão aí na sua vida hoje. Vamos direto ao ponto: como conseguir superar tal desafio. Para isso, vou contar um pouquinho da minha história.

Eu nunca entendi porque eu tinha tamanho medo da direção. Nunca havia sofrido acidente algum e quando tirei a carteira de habilitação algum bloqueio surgiu dentro de mim. Sentia-me insegura para pegar um carro e já sair dirigindo. Acreditava que faltava prática para eu poder sair nas ruas ao volante. E não era só isso, eu tinha um pavor imenso de subidas. Na minha fértil imaginação, eu não conseguiria controlar a embreagem e o carro desceria como dominó, acertando os carros atrás de mim.

Ao longo desses dez anos, frequentei diversas autoescolas. A cada semana de férias do trabalho, já me programava para entrar em uma nova escola. Durante as aulas, eu conseguia, mesmo nervosa, dirigir direitinho. Porém, as aulas terminavam, as férias do trabalho também e lá voltava eu com o mesmo medo de antes. Não conseguia pegar um carro para treinar. Era como se eu não tivesse feito o treino da direção e, consequentemente, a sensação de frustração era maior.

Até que, pesquisando sobre o medo de direção, conheci a clínica Cecília Bellina, que apresenta uma proposta muito diferente das autoescolas convencionais. A começar pela exigência inicial - só se torna aluno quem já tem a carteira de habilitação. O pagamento é por mês e não por número de aulas, pois o esquema deles é assim: uma vez por semana, há uma aula prática e um encontro no grupo de psicoterapia da clínica. Os instrutores são totalmente preparados para lidar com as pessoas, pois sabem que estão em um estado de medo e com crenças profundas de limitações. Se você torceu o nariz ao ler que há um grupo de psicoterapia, acredite: faz TODA a diferença. Afinal, o medo às vezes é irreal e muito maior do que as situações que enfrentamos. As psicólogas nos ajudam a enxergar a realidade de outra forma, sem monstros, sem sofrermos antecipadamente por situações que talvez nem venham a acontecer. Um exemplo disso é que eu morria de medo de bater em outro carro. Ao sentar ao volante, meu coração acelerava, pois eu conseguia 'imaginar' a cena e até ouvir o barulho da batida. Alucinação? Não, apenas um medo exacerbado.

É claro que um serviço tão bom quanto o deles não é nada barato, pois o trabalho da Clínica Cecília Bellina é muito sério e foi o que me fez conseguir vencer meu desafio. Porém, se eu tivesse guardado dinheiro de todas as aulas que fiz em autoescola, tenho certeza que pagaria com folga a Clínica e ainda sobraria uma boa quantia.

E que fique bem claro, não estou ganhando nada para falar da Clínica. Escrevo com o intuito de mostrar que há uma luz no fim do túnel às pessoas que ainda não conseguiram vencer o medo da direção e ainda se encontram perdidas na frustração. Adianto também que não será fácil e rápido o processo, caso decida superar seu desafio, afinal, cada pessoa tem seu tempo para vencer suas barreiras.
 Mas, olhar de frente para o seu medo e querer verdadeiramente enfrentá-lo já é o primeiro passo para a sua vitória. Em alguns momentos, você vai tentar fugir das aulas, dos encontros e das tarefas que eles propõem. É o medo tentando dominar sua vida novamente, afastando você do seu objetivo.

Tenha paciência e persistência, pois, se você tem realmente o medo de dirigir como algo frustrante dentro de você, garanto que a sensação de vitória vai compensar todo o seu esforço quando você conseguir dirigir sozinha, ouvindo uma boa música e feliz - imensamente feliz - por ter superado tamanho desafio.









Às vezes tenho a impressão de que o mundo está cada vez mais 'perdido', ou eu que não "acompanhei" muito bem a 'evolução' (dou graças ao bom velhinho que fica no céu, ou seja lá quem for, de ter ficado de fora dessa (in)evolução sem sentido).

Vejo pessoas cada vez mais insatisfeitas, reclamando da falta de gente "prestável" para um relacionamento, porém, por outro lado, vejo comportamentos cada vez mais antagônicos: roupas cada vez mais curtas, como se fosse uma competição de quem consegue andar com menos tecido; pessoas cada vez mais se iludindo com o tal do "pegar mais e mais", quando na verdade, voltam pra casa com aquele vazio pós-balada, de não ter uma companhia legal pra conversar.

Pessoas que, cada vez mais, se dizem descoladas por 'relacionamentos abertos', quando, na verdade, abertos são os vazios e buracos que existem em suas almas e, consequentemente, em seus corações. Pessoas que se dizem totalmente resolvidas, quando não conseguem ficar nem um dia sozinhas, depois de terminarem um namoro e já partem para o próximo coitado que só serve, na verdade, pra 'tapar buracos' e não para compartilhar um amor verdadeiro.

Pessoas que, cada vez mais, valorizam o 'status', ao invés da essência. Que valorizam mais o "ter" do que o "ser". E que casam como se trocassem de sapatos, apenas para dizerem que casaram; mas que se separam no instante seguinte. Afinal, são pessoas que estão acostumadas com o "jogar fora", ao invés de lutarem para "arrumar", para o fazer "dar certo".

Sempre acreditei na expressão 'nada acontece por acaso'. Pessoas que cruzam nossas vidas e nos trazem mensagens inspiradoras nos momentos certos, ou nos levam a outras pessoas que podem nos ajudar em nosso caminho. Até mesmo os livros que nos interessam não caem por acaso em nossas mãos.

E hoje eu tive mais uma prova de que realmente nada acontece por acaso. Vendo as atualizações do Facebook, deparei-me com um vídeo que muito me chamou a atenção. O título? "O Universo conspira a seu favor". E parece - de verdade - que ele foi feito para mim, especialmente para o momento pelo qual estou passando.
Tantas dúvidas, tantas incertezas, tanta angústia, tanta revolta dentro de mim, tanta preocupação com o andar da carruagem.
É como se em apenas alguns minutos, que é a duração do vídeo, minhas indagações em meu coração fossem acalmadas. E que a mensagem era para mim, isso não tenho dúvidas. Agora, quem poderia ter mandado? O Universo, talvez, realmente conspirando a meu favor.



Você já teve a vontade de se sentar no chão, em um jardim, e apenas lá ficar, sozinho ou sozinha? Ou, ir à noite para a praia e sentar na areia, somente com a companhia da lua e das estrelas, como se o silêncio fosse o seu melhor amigo? Pois é. Acho que cansei. Cansei de pensar, de refletir, de tentar encontrar respostas para as minhas eternas dúvidas sobre a existência humana.
Cansei de tentar entender a complexidade do ser humano, de seu comportamento, que o faz agir de diferentes maneiras, quase sempre no impulso.
Cansei de tentar entender se existe Deus, se há justiça no mundo, se há certo e errado, bom e mau. Cansei de ouvir sempre as pessoas me falarem "que ótimo coração você tem", ou ainda "como você é médium, tem que desenvolver esse dom". Cansei de tentar encontrar um caminho que talvez não exista.
Cansei, cansei de viver na ilusão do pote de ouro no fim do arco-íris. Cansei de sufocar sentimentos que teimam em queimar meu coração, teimam em borbulhar os sentimentos mais negros.
Cansei de tentar sufocar minha revolta com tanta injustiça que observo, calada, tentando não absorver para mim a raiva, que já está mais que absorvida e, com certeza, faz parte de mim.
Cansei de tentar entender o que é aprendizado nesta vida e qual lição devemos extrair. Cansei de tentar entender os porquês de tantas coisas acontecerem e não acontecerem.
Cansei de me fazer de forte, tentanto ajudar tantas pessoas a se ergueram, quando eu também preciso de colo. Cansei de tentar sorrir para não preocupar pessoas queridas, quando, por dentro, quero chorar.
Cansei. De verdade, cansei.



Sometimes I wish I could change a lot of things,
Sometimes I wish that every painful and sadness didn't exist,
Sometimes I wish I could not feel some feelings,
Sometimes I wish I could help people be happy,
Sometimes I wish I could believe in God,
Sometimes I wish I could believe in this world,
Sometimes I wish I could believe in the universe,
Sometimes I wish I could change myself,
Sometimes I wish I could be a different person,
Sometimes I wish I could change my life.

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