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Sim. Precisei de letras garrafais para expressar tamanho sentimento que pulsa dentro de mim. Na verdade, as letras do título não são tão "garrafais" assim e são até pequenas para transmitir a tamanha raiva que sinto neste momento.

E sabe qual o motivo da minha revolta?! A mesmice de sempre: é a operadora do celular que sempre acha que somos idiotas e coloca nas entrelinhas alguns "pacotinhos" a mais que brotam no seu plano, alguma cobrança indevida na fatura do seu cartão de crédito de uma compra já cancelada, uma multa por um prazo que não haviam te informado que você teria a cumprir com a entrega de um documento, e assim por diante. Ou seja, cansa a mesmice de sempre, das empresas tratarem o consumidor como "trouxas".
E coitado daquele que não tiver tempo para nada, nem para checar suas contas, detalhe por detalhe. Sim, porque é o detalhe que faz toda a diferença. E que diferença!

Queria ver se tais empresas nos tratariam com tanto descaso se houvesse uma punição. E se houvesse ainda um prazo para que fossem corrigidos os equívocos e danos aos consumidores. Outro dia, fiquei pasma ao saber que uma amiga havia sido notificada pela Receita Federal porque uma empresa do Paraná havia declarado ter pago a ela um salário volumoso há décadas. Detalhe: trata-se de uma empresa fantasma e agora ela tem que provar à Receita - sem saber como - que nunca trabalhou em tal companhia e nunca recebeu o salário alegado pela mesma. Engraçado que a Receita parte do princípio que ela é sonhegadora, sendo que ela declara tudo certinho. Agora, ela terá que provar que a empresa é que a usou de má fé.

O que espanta é que se uma empresa lá do Paraná pôde fazer isso com o CPF dela, significa que estamos vulneráveis a qualquer ação dessas. E aí, quem serão punidos somos nós, ao invés desses malfeitores?

Pois bem. Há muita coisa a se mudar neste país. E se houvesse algo que eu pudesse fazer imediatamente seria criar um órgão que tivesse uma ação eficaz na resolução de problemas relacionados ao Direito do Consumidor. Mas que fosse algo solucionado rapidamente e, os culpados, de fato, punidos.

É preciso que haja mais justiça, porque, só dessa forma é que as pessoas vão pensar duas vezes em prejudicar o próximo. Infelizmente o ser humano pára de ser prejudicial quando sua atuação também é afetada, de alguma forma. Infelizmente, enquanto não existe um órgão competente, mas sem a morosidade inerente à justiça brasileira, cabe a nós, consumidores e cidadãos, recorrer às ferramentas que estão ao nosso alcance: a mídia - editorias de Defesa do Consumidor, mídias sociais e o Juizado Especial Cívil.

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