Estava arrumando meu armário de tranqueiras quando achei um caderno muito especial. Nele estão todas as poesias que eu escrevi na adolescência. Naquela época eu tinha a intenção de publicá-las em um livro, mais como uma forma de guardá-las e protegê-las da ação do tempo. Mas relendo-as, percebo que quero deixá-las como estão, no caderno ainda conservado. Quero guardá-las só para mim e relembrar cada momento em que foram escritas. É a minha vida que está ali.
Compartilho um pedacinho da minha história com vocês:


Sonhos

Sonhos que distantes estão,
caminhando, caminhando.
cada vez mais longe.
Longe no infinito dos pensamentos,
sentimentos que se confundem
no olhar.
Sonhos que tentam tornar-se realidade,
mas cada vez mais permanecem
apenas como ideais.
Sonhos difíceis de serem alcançados
fugidios das minhas alegrias e esperanças
que um dia existiram
como sonhos...
(Flávia Arakaki, 19/02/2002)

Mensagem de Deus

Areias brancas e macias.
O forte sol ilumina a copa dos coqueiros,
a cristalina água bate nas pedras.
O som do vento acalma minha alma.
Sentada a contemplar o horizonte,
agradeço a Deus pelo meu destino.
Sentada reflito sobre o passado e futuro.
O presente acontece no exato instante
em que a água azulada banha o meu corpo.
A paz está em meu coração,
sinto a melodia angelical
abraçando-me.
Agradeço ao Senhor pela mensagem recebida.
Sinto o frescor tocar meu rosto.
Sinto a fria água lavar minha alma.
Um passarinho canta ao meu redor,
encantada fico a observar e ouvir
a mensagem de Deus.
(Flávia Arakaki, 2001)

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