Quatro dias internada por causa de uma tripinha do corpo humano que, quando dá na telha, resolve inflamar. Pois é, tudo começou com fortes dores abdominais. Consequentemente, o meu estômago também ficou revoltado e passou a não aceitar nada do que eu dava a ele. Passei um domingo inteirinho fazendo uma bateria de exames, até que no final da noite, saiu o diagnóstico: apendicite aguda. E a solução a esse problema é a operação, não tem jeito. A sorte é que os avanços da medicina realmente são um alívio nessas horas, mas, infelizmente ainda não substituem os procedimentos nada agradáveis, como mais de 24h em jejum, entre outras coisitas.

A programação da televisão em nada nos ajuda a passar o tempo, que se torna muito monótono, com uma rotina de enfermeiros entrando toda hora para aplicar um medicamento em forma de soro (quando suas veias já estão pedindo 'pelo amor de Deus, chega de tanto líquido em mim!), medir pressão, temperatura, glicemia. Claro, tal rotina é quebrada com a visita de amigos especiais. (Obrigada, Dé!!).

Estou naquela fase da recuperação, no pós-cirurgia, e tentando entender que órgão é esse que muita gente nem ao menos conhece. Mais até do que obter informações a seu respeito é saber que uma pequena tripinha - isso mesmo, é pequenininha - do seu próprio organismo pode causar em sua vida. Há casos de pessoas que acabam morrendo quando a inflamação do apêndice está em um estágio muito avançado, principalmente aquelas pessoas que sentem dor, mas não procuram ajuda médica. E por um ato que julgam ser de coragem, por aguentar a dor, ou medo, acabam piorando um problema que tem solução.

E quantas vezes não fazemos isso em nossas vidas, diante de uma situação, com medo de qualquer decisão que venhamos a tomar, acabamos postergando alguns problemas que também se agravam? Sem perceber, acabamos "matando" aglumas soluções que estariam ao nosso alcance, não fosse o jeitinho que temos de deixar tudo para amanhã, que pode ser tarde demais.

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