Nesta semana eu fiquei triste com o comentário de uma amiga, o que me fez refletir sobre uma questão: nem sempre as pessoas torcem por nós. E acho triste isso, aliás, muito triste.

Claro que elas não têm obrigação de torcer pelos amigos, mas, na minha visão, amigo que é amigo é aquele que dá força quando o outro está desmotivado. É aquele que dá o braço para que o outro continue caminhando, quando já se cansou de sua jornada de lutas.

Vocês talvez estejam se perguntando que comentário foi esse, que me deixou reflexiva e triste. Bom, antes de falar diretamente sobre o comentário, vou contar um desafio que venho enfrentando em minha vida. Eu tirei habilitação de motorista há 10 anos, porém sempre tive medo de dirigir. Com o tempo, fui me acomodando, já que minhas irmãs dirigiam e me davam carona. Conclusão: meu medo de dirigir se expandiu de tal forma, que nunca consegui pegar no carro. Fiz por diversas vezes autoescola nos períodos de férias do trabalho, mas logo que as férias acabavam eu voltava à rotina e não dirigia mais.
Este ano decidi enfrentar esse monstro que se criou dentro de mim quanto ao carro. E estou, desde março, em uma clínica especializada para pessoas como eu: habilitadas, mas com medo. E está sendo realmente muito legal! A cada aula estou avançando e lutando contra esse medo que, agora, não está mais tão grande como antes. Muitas amigos disseram que eu sou muito corajosa e que nem sempre as pessoas têm essa coragem de enfrentar um medo que não sabemos de onde surge. Preferem dizer que não gostam de dirigir e ponto.

E assim estou eu: empolgada para que eu consiga logo perder totalmente esse medo e dirigir por aí, coisa que mais quero neste momento. Estava toda feliz quando comentei essa novidade com a tal amiga que mencionei no início do post. Nós não nos falávamos há séculos, então estava feliz para comentar as coisas boas da minha vida. E a resposta foi: "nossa, de novo?? Você não desiste, não? Não tem mais jeito, não, porque dirigir é muito difícil e, na sua idade, fica pior ainda".

O comentário me deixou muito chateada. Mas na hora me lembrei de uma senhora de 54 anos que está lá no grupo, começando (recomeçando) do zero mesmo. Decidiu que essa era a hora para perder o medo e também já enfrentou comentários desse tipo: "pra quê começar a aprender agora? A senhora não tem mais idade pra isso". Comentário absurdo e abominável, porque quando há força de vontade, não há limite pra idade. E não há comentário tosco como esse (ou da minha amiga) que barrará a conquista de nossos sonhos.

5 comentários:

Oi flávia... é fácil ser amigo nas horas difíceis, todos tem algo confortável a dizer ou até mesmo uma história pior do que a sua pra te fazer sentir um pouco melhor, mas ver a felicidade do outro é insuportável, ver o outro subindo, se dando bem, é terrível. Talvez seja o medo de ser excluido por você ou de não ser mais útil pra você como era quando você precisava. Nos momentos mais felizes da nossa vida que conhecemos quem realmente torce pela gente e quantos amigos nós temos. Mas os amigos são diferentes e temos que aceitar diferentes tipos de amigos, para diferentes tipos de ocasiões, por isso não é justo excluirmos uma pessoa da nossa vida só porquê ela não supriu nossas necessidades quando gostariamos que ela tivesse feito.
Abraço Dri

Fla, eu nao tinha lido esse seu texto ainda, mas vc sabe q nao acho q nada seja impossível nessa vida, aind mais com relação a vc, que acho uma menina forte, que sempre está firme e em pé para todos os desafios que acontecem em sua vida, por isso que esse só será mais um a ser vencido, pois com certeza logo estaremos andando no seu carro e lembraremos disso sorrindo e vc sabe que tem meu total apoio para todas as coisas que quer fazer!Conte comigo sempre! Bjs

Olá Dri,
Obrigada pela visita em meu blog.
Entendo o seu ponto de vista, mas ainda acredito que só vamos saber quem são realmente nossos amigos nos momentos ruins. Quando estamos bem, é fácil ser amigo. Agora nem sempre é fácil torcer e dar força quando o outro está mal. Aliás, poucos têm paciência pra isso.
Agora, concordo com voce que existem diferentes tipos de amigos. E acho que cabe a cada um excluir, sim, de sua vida se a pessoa é daquelas que te ajuda a ficar pra baixo. Já temos tantos problemas e barreiras a enfrentar em nossas vidas, o que um "amigo" desses terá a nos acrescentar, além de nos puxar lá pra baixo? Mas isso é decisão de cada um, certo? De repente, pra você um amigo desses merece sua atenção e seu valor, mesmo não torcendo por você, como você torceria para ele.
E não acho que "torcer por nós" seja uma "necessidade", como você cita. Mas, sim, mostrar quem realmente se preocupa com a gente. E também não concordo que ver a felicidade do outro é algo insuportável. Isso só acontece pras pessoas que são totalmente invejosas e não aguentam nem ver a felicidade dos seus amigos. Sinceramente, isso acontece, sem dúvidas, mas acho lastimável quem torce para que os amigos estejam no fundo do poço. Isso não é amizade e passa longe disso!

Lu!
Queria te agradecer de coração pelo seu apoio, sempre!! Você sempre que encourajou a enfrentar o meu medo de dirigir e sempre comemora junto comigo a cada passo que avanço no treino. Sabe, Lu, é com amizades como a sua que eu vejo os verdadeiros amigos. Lembre-se que eu torço muito pela sua felicidade, que não é o carro, claro ahahaha, mas sem dúvidas, você sabe qual é. Beijo grande!

AH! sim Flávia, desculpe me expressei mal esqueci de abrir aspas, quando digo que é insuportável ver a felicidade do outro, é exatamente isso que quero dizer: iveja, entenda como não amigo. E que então devemos repensar nossas amizades. Amigos são aquelas que nos dão força para superar nossos medos, mas que não nos empurram para o precipício, que dizem: me dê a mão que eu te seguro, ou não vá porque não está certo...
Fique desempregado para ver quantas pessoas procurarão vc para sair, e se vc compra um carro novo? muitas virão!
Beijosss Dri

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