Hoje foi um daqueles dias que a gente tem vontade de fazer o que acontece no filme "Um dia de fúria". Eu ainda não o assisti, mas só de ver a sinopse, já dá pra notar que a ideia é sensacional. Afinal, quem nunca sentiu vontade de esganar aquela pessoa que nos atendeu de forma grossa e estúpida ou um cliente que nos liga a cada 5 minutos para reclamar de coisas mínimas? Pois bem, o meu dia de fúria foi hoje.

O dia começou com certas complicações com o escritório que faz a contabilidade da minha irrisória empresa. O responsável por me atender, grosso como só ele, não queria explicar minhas dúvidas e de forma estúpida dava aquelas respostas bem curtas, para eu não perguntar mais nada. Ele seria a primeira pessoa que eu fuzilaria, se estivesse no papel principal do filme. A minha indignação passou a uma reflexão um tanto maior, de como viver neste país tem sido uma batalha árdua. Árdua não seria bem a palavra, mas, mais do que isso, eu diria que viver no Brasil é extremamente irritante quando se trabalha no mundo da comunicação (jornalismo, marketing, RP). Neste meio, a grande maioria das empresas exige que os profissionais sejam PJ. E aí começa o grande caos! Nós entendemos de comunicação e não de contabilidade. Caso contrário, não teríamos que contratar pessoas - medíocres, diga-se de passagem - para fazer a contabilidade da nossa micro-minúscula empresa.
Abrimos empresa não porque temos vocação empresarial. Aliás, muito longe disso. Abrimos porque temos que seguir as regras do jogo ou simplesmente estamos fora dele.

E abrir empresa significa gastos e mais gastos, que não são compatíveis com o salário da área. Para piorar, sem orientação, acabamos não conseguindo nos adaptar e nos regularizar. E este é o meu caso. Eu estou há um tempo tentando entender como fazer minhas obrigações contábeis, sem muito sucesso para compreender esse monstro imenso que essa questão se tornou pra mim. São taxas, tributos e impostos que surgem do nada, como espinha no nariz em dia da melhor festa de todos os tempos."Então por que você não muda de escritório de contabilidade?", perguntariam as pessoas. Infelizmente, uma diferença de R$100,00 a R$200,00 no pagamento mensal da contabilidade pesa quando se é PJ e não se tem benefício nenhum, como vale-transporte, alimentação ou 13 salário. E aí as pessoas responderiam: "Ah, então não há opção e você nem tem que ficar reclamando. Tem que aceitar e tentar se informar".

Pois é, não tenho mesmo saída e isso me deixa extremamente irada com o "esquema PJ". Não tenho muito como mudar a situação, mas escrever me ajuda um pouco a colocar essa revolta pra fora, em um dia totalmente de fúria!!

0 comentários:

Seguidores