Neste final de semana fui ver a peça teatral "Filhos do Brasil MIX", da Oficina dos Menestreis. Para quem não conhece o grupo (http://www.oficinadosmenestreis.com.br/), vale a pena ver, pelo menos, uma vez. As peças são encenadas - em sua grande maioria - por pessoas portadoras de necessidades especiais - cadeirantes, cegos, entre outros. Mais do que uma lição de vida, a apresentação proporciona uma profunda reflexão interna.

Em apenas uma hora e meia de espetáculo, é possível viajar por todos os seus conceitos e `pré-conceitos` estabelecidos por toda a sua vida. Não porque você mesmo quis estabelecê-los, mas porque a própria sociedade nos educa de tal forma que passamos a ter uma visão pré-concebida de tudo.
E digo mais: a apresentação nos leva a viajar no passado, a relembrar certas cenas, a pensar em nossos próprios comportamentos e atitudes que teimamos em não mudar. Não por falta de força de vontade, mas por medo, por timidez, por orgulho. Ou, simplesmente, porque somos "bobos". Sim, somos bobos demais por não conseguirmos quebrar certas barreiras que foram construídas ao longo de anos.
Por não conseguirmos deixar a emoção falar mais alto quando ela tem que falar. Por sempre estarmos "engolindo" um choro, um sorriso, um "muito obrigado" ou um simples "desculpe, me perdoe".

E assim saí da peça - pensativa, reflexiva. Arrependida por não conseguir mudar tanta coisa que já aconteceu, mas que poderia ter sido diferente e que ainda não superei. E aí que está: todos os atores ali presentes nos ensinam exatamente isso: a superação de um problema físico, que, com certeza, deve ter sido - e ainda ser - algo extremamente dificil de lidar. Então, penso comigo: se eles superaram, por que nós, que não temos nenhum problema nem de longe similar, não conseguimos superar algumas questões de forma mais fácil?  E a reflexão continua...

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