O tempo esfriou, o céu nublou, o vento gelado soprou.
E assim o inverno chegou. Aos pouquinhos, lentamente, com um misterioso caminhar que, sem perceber, foi congelando o orvalho da manhã. Os raios do sol surgiram, mas não foram suficientes para aquecer as folhas das plantas, que gritavam por socorro para serem tiradas dali, daquele ambiente tão gelado.

Queriam sentir o calor do sol, como um manto sagrado a aquecer os corações mais empedrados. Queriam sentir o ânimo de voltar a viver a vida com alegria, com os passarinhos brigando para conseguir o melhor néctar de suas flores. Queriam se sentir úteis, oferecer a sombra, para que as pessoas pudessem descansar sob suas folhas.

Mas o inverno chegou. Congelou seus sonhos mais belos e esfriou os seus desejos mais profundos. E as folhas caíram, como se usassem a terra para o seu momento mais introspectivo e profundo. Uma forma de aguardar a estação mais fria do ano e esperar a chegada do outono.

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